“Por isso te lembro despertes o dom
de Deus que existe em ti.”
Paulo. (II Timóteo, 1:6.)
É indispensável muito esforço de vontade para não nos perdermos
indefinidamente na sombra dos impulsos primitivistas.
À frente dos milênios passados, em nosso campo evolutivo, somos
suscetíveis de longa permanência nos resvaladouros do erro, cristalizando
atitudes em desacordo com as Leis Eternas.
Para que não nos demoremos no fundo dos precipícios, temos ao
nosso dispor a luz da Revelação Divina, dádiva do Alto, que, em hipótese
alguma, devemos permitir se extinga em nós.
Em face da extensa e pesada bagagem de nossas necessidades de
regeneração e aperfeiçoamento, as tentações para o desvio surgem com esmagadora
percentagem sobre as sugestões de prosseguimento no caminho reto, dentro da
ascensão espiritual.
Nas menores atividades da luta humana, o aprendiz é influenciado a
permanecer às escuras.
Nas palestras comuns, cercam-no insinuações caluniosas e
descabidas.
Nos pensamentos habituais, recebe mil e um convites desordenados
das zonas inferiores. Nas aplicações da justiça, é compelido a difíceis
recapitulações, em virtude do demasiado individualismo do pretérito que procura
perpetuar-se. Nas ações de trabalho, em obediência às determinações da vida, é,
muita vez, levado a buscar descanso indevido. Até mesmo na alimentação do corpo
é conduzido a perigosas convocações ao desequilíbrio.
Por essa razão, Paulo aconselhava ao companheiro não olvidasse a
necessidade de acordar o “dom de Deus”, no altar do coração.
Que o homem sofrerá tentações, que cairá muitas vezes, que se
afligirá com decepções e desânimos, na estrada iluminativa, não padece dúvida
para nenhum de nós, irmãos mais velhos em experiência maior; entretanto, é
imprescindível marcharmos de alma desperta, na posição de reerguimento e
reedificação, sempre que necessário.
Que as sombras do passado nos fustiguem, mas jamais nos esqueçamos
de reacender a própria que luz.
Livro: Vinha de Luz.
Francisco C. Xavier por
Emmanuel
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