sexta-feira, 11 de março de 2016

O VERDADEIRO SENTIDO DA VIDA





    Cada um de nós encontra em sua vida um ser especial. Às vezes é um avô, um professor, um amigo de família.
    Uma pessoa mais velha, paciente e sábia, que se interessou por nós e nos compreendeu quando éramos jovens, inquietos e inseguros.
    Uma pessoa que nos fez olhar o mundo de um outro ângulo. Uma pessoa que com seus conselhos e seu afeto nos fez encontrar nosso caminho.
    Assim aconteceu ao jovem Mitch Albom que se tornaria o colunista esportivo numero um da América.
    Durante os anos universitários, um professor lhe foi um grande amigo. Esse amigo lhe ensinou a amar os livros de forma autêntica.
    Mesmo fora dos horários das aulas, eles se encontravam para discutir assuntos sérios. Assuntos como as relações humanas. Nessas ocasiões, o professor lhe dava lições extraordinárias de vida.
    Certo dia, porque o aluno se queixava do choque entre o que a sociedade esperava dele e o que ele queria para si mesmo, o professor lhe falou:
    A vida é uma série de puxões para a frente e para trás. Queremos fazer uma coisa, mas somos forçados a fazer outra. Algumas coisas nos machucam, apesar de sabermos que não deviam. Aceitamos certas coisas mesmo sabendo que não devemos aceitar nada como absoluto.
    Mas o amor, dizia ele, o amor vence sempre.
    Quando saiu da universidade, Mitch era um jovem idealista. Prometera a si mesmo que jamais trabalharia por dinheiro, que se alistaria nos corpos da paz, que viveria em lugares belos e inspiradores.
    Mas os anos passaram e ele acabou trocando montes de sonhos por cheques cada vez mais gordos.
    Então, um dia, dezesseis anos depois, ele tornou a encontrar o seu professor. Bem mais velho e doente.
    Eram os seus últimos meses de vida. Durante 14 semanas, até a sua morte, trataram de temas fundamentais para a felicidade e a realização humana.
    Era a última grande lição: um ensinamento sobre o sentido da vida.
    E o jornalista reavaliou sua vida. Refletiu sobre as verdades ensinadas pelo professor, como a da necessidade de buscar também o crescimento espiritual.
    De deixar de se preocupar tanto com coisas materiais e observar o universo ao seu redor. O universo das afeições. A natureza que nos cerca.
    A mudança que se opera nas árvores, a força do vento, as estações do ano.
    E o velho mestre, caminhando para o túmulo arrastado por enfermidade incurável, finalizou a última grande lição ao seu antigo aluno com a frase:
    "Meu filho, quando se aprende a morrer, se aprende a viver."
*** 
    A vida física é uma breve etapa. Sabedoria é ser aberto para as coisas belas que ela nos oferece. Para isso é preciso ignorar o brilho dos valores que a propaganda nos passa.
    É preciso prestar atenção quando os entes queridos falam, como se fosse a última vez que os ouvisse.
    É preciso andar com alegria como se fosse a última vez que pudéssemos estar de pé e nos servir das nossas pernas.
    E, acima de tudo, lembrar que sempre é tempo de mudar. 


  A última grande lição (Mith Albom) orelhas do livro e conclusão
www.momento.com.br) (quadro ilustrativo: Robert Gonsalves)

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