Na pobreza da
manjedoura, vemos a primeira oração do ambiente de Cristo, exalçando a
humildade.
Expulso de cada
lar da cidade a que se acolhe, o Excelso Embaixador, ao invés de inspirar
amargura e revolta, sugere aos que O rodeiam o cântico de louvor a Deus e da
paz que alcance todas as criaturas.
Desde então,
mantém a prece no caminho, expressando obediência a Deus e amor aos
semelhantes.
Começa o
ministério, prestigiando a ventura da comunhão doméstica nas Bodas de Canan e
ora sempre, no alarido da praça ou na calma do campo, na ativa plantação de
bondade e esperança, fortaleza e consolo.
Ao pé de cada
enfermo, roga a bênção do Pai em favor dos que choram, sem que se lembre de
qualquer petição de socorro a si mesmo.
Implora, em tom
veemente, o retorno de Lázaro ao conforto da Terra sem suplicar a Deus que o
liberte da morte.
Exora para
Pedro, o amigo invigilante, resguardo à tentação que viria prová-lo,
entregando-se, após, à sanha de carrascos insanos.
No jardim
solitário ora em silêncio, perante os aprendizes que dormem, descuidados,
rogando, antes de tudo, se cumpram os desígnios do Pai Misericordioso.
E,
exausto no suplício, podendo recorrer à justiça do mundo, pede ao Pai Todo
Amor, perdão para os algozes, sem tocar de leve nas chagas que O cruciam.
Recordemos o
Mestre da Verdade e lembrar-nos-emos de que a prece — a mais expressiva de
todas — é socorrer, primeiro, a quem sofre conosco entre a sombra e a penúria,
porquanto edificando a alegria dos outros, a Divina Providência virá, cada
minuto, ao nosso próprio encontro, a envolver-nos a fé em perene alegria.
Francisco Cândido Xavier/Emmanuel. In: Abrigo
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