“Por que vês o argueiro no olho do teu irmão?”
Jesus (MATEUS, 7:3.)
Habitualmente,
guardamos o vezo de fixar as inibições alheias, com absoluto esquecimento das
nossas.
Exageremos
as prováveis fraquezas do próximo, prejulgamos com rispidez e severidade o
procedimento de nossos irmãos...
A pergunta
do Mestre acorda-nos para a necessidade de nossa educação, de vez que, de modo
geral, descobrimos nos outros somente aquilo que somos.
A
beneficio de nossa edificação recordemos a conduta do Cristo na apreciação de
quantos lhe defrontavam a marcha.
Para
muitos, Maria de Magdala era a mulher obsidiada e inconveniente; mas para ele
surgiu como sendo um formoso coração feminino, atribulado por indizíveis
angustias, que, compreendido e amparado, lhe espalharia no mundo o sol da
ressurreição.
No
conceito da maioria, Zaqueu era usurário de mãos azinhavradas e infelizes; para
ele, no entanto, era o amigo do trabalho a quem transmitiria alevantadas noções
de progresso e riqueza.
Aos olhos
de muita gente, Simão Pedro era fraco e inconstante; para ele, contudo,
representava o brilhante entrando nas sombras do preconceito que fugiria à luz
do Pentecoste para veicular-lhe o Evangelho.
Na opinião
do seu tempo, Saulo de Tarso era rijo doutor da lei mosaica, de espírito
endurecido e tiranizante; para ele, porem, era um companheiro mal conduzido que
buscaria em pessoa, às portas de Damasco para ajudar-lhe a Doutrina.
Observemos
amando, porque apenas o amor puro arrancará por fim as escamas de treva dos
nossos olhos para que os outros nos apareçam na Benção de Deus que,
invariavelmente, trazem consigo.
(Francisco
Cândido Xavier por Emmanuel. In: Palavras de Vida Eterna)
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