Este é um artigo que, embora
tenha sido publicado em 2009, continua muito atual. Deve ser lido e relido
sempre, para que não sejamos coniventes com equívocos, erros, enganos ou
inverdades, muitas vezes de enorme gravidade.
Publicado em por IDE em 11 de
junho de 2009
“Melhor é repelir
dez verdades do
que admitir uma única falsidade,
uma só teoria errônea.”
Erasto – O Livro dos Médiuns, item 230
que admitir uma única falsidade,
uma só teoria errônea.”
Erasto – O Livro dos Médiuns, item 230
Por reviver a Mensagem Cristã na sua pureza, objetividade e pujança
originais, tem o Espiritismo sofrido ataques ao longo dos tempos. Anos a fio,
aqueles incomodados com os esclarecimentos propiciados pela obra de Kardec
promoveram verdadeiros bombardeios, objetivando descaracterizar a Doutrina
Espírita como religião cristã. Entretanto, como o bombardeio não alcançou
o alvo desejado, decidiram os promotores desencarnados a mudar a estratégia,
trocando o bombardeio pela implosão. O bombardeio sempre é mais notado pela
movimentação de recursos externos, a fim de destruir. A implosão, ao contrário,
passa despercebida até a hora do desmoronamento total.
Cansaram-se as forças contrárias ao Espiritismo de combatê-lo de fora
para dentro. Através dos médiuns usados fora do meio espírita, as Trevas não
conseguiram desacreditar a Doutrina, embora tenham-se empenhado por larga faixa
de tempo. Pelo contrário, ajudaram muito na divulgação dos postulados
espíritas, porque as acusações falsas e as tentativas de ridicularização sempre
foram rebatidas com a verdade, o que propiciava o conhecimento da Doutrina
Espírita a muitos que dela não tinham notícia.
Por isso, atualmente ninguém sai a público, através de periódicos ou de
livros, na tentativa de atacar as teses espíritas, numa confrontação aberta, em
que haja oportunidade de debate. Quando muito, uns ataques pela Internet, que
não exibem endereço para resposta. Vê-se que o bombardeio vindo de fora quase
desapareceu. As Trevas desistiram dessa prática. Agora, a o ataque é interno,
pela implosão.
Hoje, a Treva se empenha em atuar dentro dos arraiais espíritas, usando
principalmente médiuns invigilantes, que publicam tudo o que recebem, sem
atentarem para as sábias palavras do Espírito Erasto, conforme citado acima.
Decidiram, as forças das Trevas, não mais atuar confrontando-se, mas fingindo
caminhar ao lado, falando em Jesus, falando no Bem, doando parte do produto das
edições de livros e discos a instituições de amparo, no intuito de criar
simpatia e credibilidade.
Mas, de permeio com ensinamentos nobres, estão atitudes ridículas,
conversas banais, e verdadeiras caricaturas de respeitáveis
personalidades que deixaram na Terra testemunho de trabalho e dignidade, agora
mostradas como pessoas vulgares e desprovidas do nível de seriedade que sempre
mantiveram enquanto encarnadas.
Existe uma verdadeira avalancha de obras fantasiosas que pretendem trazer novidades, que vão desde o comentário leviano que invade a intimidade de pessoas, a pretensas revelações de novos pontos doutrinários. São obras capazes de causar admiração naqueles que não estudam e, por isso mesmo, se encantam e não observam que o objetivo maior delas é levar o Espiritismo ao descrédito.
Não podendo, os inimigos da Verdade, combater o Espiritismo no campo das
idéias, procuram minimizá-lo, banalizá-lo através de diálogos pueris que,
apresentando-se como linguagem descontraída, mais se assemelham à conversa
descompromissada de uma roda de amigos do que a comentários em torno de temas
doutrinários. Nessa tentativa de apequenamento da mensagem espírita, valem-se
de tudo, até de humorismo barato, que tem aparecido através de médiuns fascinados,
que ainda não atentaram para a milenar advertência: “Amados, não creiais a todo
o espírito, mas provai se os espíritos são de Deus; porque já muitos falsos
profetas se têm levantado no mundo”. (I Jo, 4: 1).
Essa advertência do Apóstolo João nunca encontrou tanta aplicabilidade
como agora! É tempo de as livrarias espíritas analisarem com cuidado as obras
que divulgam. Não se trata do estabelecimento de um index, mas de um critério
para constatar o que é Espiritismo e o que não é, visto que, ao divulgar uma
obra – seja um folheto, um disco ou um livro – um estabelecimento espírita
está, automaticamente, pelo menos para o leigo – e é justamente esse que
deve ser orientado – legitimando o valor e a fidelidade daquela obra quanto às
bases doutrinárias. É chegada a hora de se alertar o irmão que se deixou
envolver, apontando-lhe os equívocos, e não se calando, a pretexto de um falso
sentimento de fraternidade. O compromisso com a Verdade foi claramente
declarado por Jesus: “Seja, porém, o vosso falar: Sim, sim, Não, não,
porque o que passa disto é de procedência maligna.” (Mt, 5:37).
Aos que acham que esse procedimento não é consentâneo com a liberdade
que o Espiritismo confere aos seus profitentes, deve ser lembrado que sempre há
um critério na seleção do que se entrega ao público numa casa que ostente o
nome “espírita”, pois o critério deve caminhar ao lado da liberdade, uma vez
que, em nome desta, ninguém concordaria que um estabelecimento espírita
divulgasse todos os tipos de livros e revistas que são expostos em bancas e
livrarias. Oportuna nessa hora, a recomendação do Apóstolo Paulo: “Todas as
coisas me são lícitas, mas nem todas as coisas me convêm (…).” (I Co, 6: 12).
José Passini
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