Na atualidade do mundo, existem medicamentos que alienam as
forças da mente, impelindo-as à prostração, mas não à tranquilidade real.
*
Os homens de
hoje dispõem de máquinas que os auxiliam a ganhar tempo, mas não a calma,
diante das provações que se lhes fazem necessárias.
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Por outro
lado, a fortuna amoedada, quando não dirigida para o trabalho edificante e para
as realizações do bem ao próximo, é suscetível de estabelecer inquietações
permanentes.
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Na mesma
ordem de pensamento, a força do poder, apesar das vantagens que é capaz de
criar na vida comunitária, quase sempre, é um celeiro de ansiedades e incompreensões.
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A paz, por
isso, tão ardentemente anelada, é comparável a uma cobertura, entretecida com
fragmentos de alegria, como sejam:
o retorno de
uma pessoa querida, ausente desde muito;
o reajuste
do equilíbrio orgânico;
o satisfação
das dívidas pagas;
o abraço de
um amigo;
uma carta,
mensageira de reconforto;
alguns
momentos de convívio com a Natureza;
a visão do
azul no firmamento;
a presença
de uma criança;
o sorriso de
alguém;
o carinho de
um animal que nos partilhe o ambiente;
os momentos
de oração.
*
A paz que
jamais se compra é uma luz anterior que nos clareia o caminho para o encontro
do melhor que Deus nos reserva; entretanto, estejamos convencidos de que nas
bases da consciência, em que a paz encontra nascedouro, jaz a fonte oculta da
paciência.
(Livro: Confia e segue. Francisco Cândido Xavier por Emmanuel)
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