Compadece-te de todos aqueles que não podem ou não sabem esperar.
Estão eles em toda parte...
Quase sempre são vítimas da inquietação e do medo. Observa quantos
já transpuseram as linhas da própria segurança.
São casais que não se toleram nas
primeiras rusgas do matrimônio e desfazem a união em que se compromissaram,
abraçando riscos pelos quais, em muitas circunstâncias, cedo se encaminham para
sofrimento maior;
são mães que rejeitam os filhos que
carregam no seio, entregando-se à prática do aborto, recusando a presença de
criaturas que se lhes fariam instrumentos de redenção e reconforto no futuro,
caindo, às vezes, em largas faixas de doença ou desequilíbrio;
são homens que repelem os problemas
inerentes às tarefas que lhes dizem respeito, escapando para situações
duvidosas, sob a alegação de que procuram distração e repouso, quando apenas
estão dilapidando a estabilidade das obras que, mais tarde, lhes propiciariam
refazimento e descanso;
são amigos doentes ou desesperados que se
rebelam contra os supostos desgostos da vida e se inclinam para o suicídio,
destruindo os recursos e oportunidades que transportariam para a conquista da
vitória e da paz em si mesmos;
são jovens, famintos de liberdade e
prazer que, impedidos naturalmente do acesso a satisfações imediatas, se
engolfam no abuso dos alucinógenos, estragando as faculdades com que o tempo os
auxiliaria na construção da felicidade porvindoura.
Neste NATAL, façamos algo por eles, os nossos irmãos que ignoram ou
que não querem aceitar os benefícios da serenidade e da esperança.
Pronuncia algumas frases de otimismo e encorajamento; escreve algum
bilhete que os reanime para a bênção de viver e servir; estende simpatia em
algum gesto espontâneo de gentileza; repete consideração e concurso amigo nos
diálogos que colaborem na sustentação da paz e da solidariedade.
Não te declares sem possibilidade de contribuir, nem digas que tens
todas as tuas horas repletas de encargos e serviços dos quais não te podes
distanciar.
Faze algo, no soerguimento do bem.
Nas realizações da fraternidade, quem ama faz o tempo.
(XAVIER, Francisco Cândido. Deus Aguarda.
Pelo Espírito Meimei)
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