*
Retornando,
depois do túmulo, aos companheiros assustadiços, não perde tempo com qualquer
observação aflitiva ou desnecessária.
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Não rememora
os sucessos amargos que lhe precederam a flagelação no madeiro.
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Não se
reporta a leviandade do discípulo invigilante que O entregara à prisão,
osculando-Lhe a face.
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Não comenta
as vacilações de Pedro na extrema hora.
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Não solicita
os nomes de quantos acordaram em Judas a febre da cobiça e a fome de poder.
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Não faz
qualquer alusão aos beneficiários sem memória que Lhe desconheceram o
apostolado, ante a hora da cruz.
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Não recorda
os impropérios que Lhe foram atirados em rosto.
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Não se
refere aos caluniadores que Lhe escarneceram o amor e o sacrifício.
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Não reclama
reconsiderações da justiça.
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Não busca
identificar que Lhe impusera às mãos uma cana à guisa de cetro.
*
Não se
lembra da turba que Lhe ofertara vinagre à boca sedenta e pancadas à fronte que
os espinhos dilaceraram.
*
Ressurgindo,
da sombra, afirma apenas, valoroso e sem mágoa: —— “Eis que estarei convosco até o fim dos séculos...”
E prosseguiu trabalhando...
Esse foi o gesto do Cristo de Deus que transitou na Terra, sem dívidas e sem máculas.
*
Relembremos
o próprio dever, à frente das pedradas que no firam a rota, a fim de que a
paciência nos ensine a esperar a passagem das horas, porquanto cada dia, nos
traz, a cada um, diferentes lições.(Livro: Abrigo. Francisco Cândido Xavier por Emmanuel)
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