quarta-feira, 17 de outubro de 2012

JESUS E PACIÊNCIA

         
           Recordemos a paciência do Cristo para exercer no próprio caminho a compreensão e a serenidade.
*
            Retornando, depois do túmulo, aos companheiros assustadiços, não perde tempo com qualquer observação aflitiva ou desnecessária.
*
            Não rememora os sucessos amargos que lhe precederam a flagelação no madeiro.
*
            Não se reporta a leviandade do discípulo invigilante que O entregara à prisão, osculando-Lhe a face.
*
            Não comenta as vacilações de Pedro na extrema hora.
*
            Não solicita os nomes de quantos acordaram em Judas a febre da cobiça e a fome de poder.
*
            Não faz qualquer alusão aos beneficiários sem memória que Lhe desconheceram o apostolado, ante a hora da cruz.
*
            Não recorda os impropérios que Lhe foram atirados em rosto.
*
            Não se refere aos caluniadores que Lhe escarneceram o amor e o sacrifício.
*
            Não reclama reconsiderações da justiça.
*
            Não busca identificar que Lhe impusera às mãos uma cana à guisa de cetro.
*
            Não se lembra da turba que Lhe ofertara vinagre à boca sedenta e pancadas à fronte que os espinhos dilaceraram.
*
            Ressurgindo, da sombra, afirma apenas, valoroso e sem mágoa: —
            — “Eis que estarei convosco até o fim dos séculos...”
            E prosseguiu trabalhando...
            Esse foi o gesto do Cristo de Deus que transitou na Terra, sem dívidas e sem máculas.
*
            Relembremos o próprio dever, à frente das pedradas que no firam a rota, a fim de que a paciência nos ensine a esperar a passagem das horas, porquanto cada dia, nos traz, a cada um, diferentes lições.

(Livro: Abrigo. Francisco Cândido Xavier por Emmanuel)

Nenhum comentário:

Postar um comentário

RESPONSABILIDADE

Deus emprestou-te filhos Para que os eduques.   Deus confiou-te terras Para que as cultives.   Deus mandou-te o dinheiro Para ...