sábado, 31 de maio de 2025

AMOR


O amor é de essência divina, porque procede de Deus e vitaliza o universo, sustentando a vida em todos os seus aspectos.

 

Em tudo se encontra pulsante, como manifestação do Divino Psiquismo.

 

Em todos os reinos é de fundamental significação, especialmente no ser humano, sem  o  qual  a  existência  se  torna  destituída  de  sentido  psicológico  e  deperece, desarticulando os objetivos essenciais da Vida.

 

Amar é desafio que todos devem enfrentar com alegria, pois que, somente ele equaciona as dificuldades existenciais, ampliando os objetivos da inteligência e dos sentimentos.

 

Quem ama, conduz Deus no imo, irradiando-O em forma de bênçãos que a tudo  transforma  e  dignifica.

 



Joanna de  Ângelis / Divaldo  Franco

sexta-feira, 30 de maio de 2025

POSSE


Aquilo de que abrimos mão é o que verdadeiramente nos pertence.

 

Quem se nega aos outros não tem a posse de si mesmo.

 

Jesus, sobre a Terra, não tinha uma pedra onde repousar a cabeça, no entanto tudo lhe pertencia.

 

A pessoa que se sacrifica em benefício de alguém é sempre a maior beneficiada.

 

O que tentamos reter conosco nos escapa por entre os dedos.

 

Nada engrandece mais uma pessoa do que a humildade.

 

Vejamos como, perante a Lei Divina, os valores dos homens se contradizem: “quem quiser ser o maior, seja o servidor de todos”.

 

Preso à matéria, o espírito deve despojar-se dela para, cada vez mais livre, ascender aos Páramos da Luz.

 

O espírito corporificado na Terra é feito um pássaro se debatendo no visco que o impede de voar.

 

Dentro de cofres abarrotados, existem aqueles que trancam a própria alma, voluntariamente asfixiando-se ao peso de suas ambições.

 

A suprema doação é a suprema conquista do espírito.

 




Irmão José/Carlos A. Baccelli

quinta-feira, 29 de maio de 2025

ORAÇÃO


“Perseverai em oração, velando nela com ação
de graças.” Paulo (Colossenses, 4:2)

Muitos crentes estimariam movimentar a prece, qual se mobiliza uma vassoura ou um martelo.

Exigem resultados imediatos, por desconhecerem qualquer esforço preparatório. Outros perseveram na oração, mantendo-se, todavia, angustiados e espantadiços. Desgastam-se e consomem valiosas energias nas aflições injustificáveis. Enxergam somente a maldade e a treva e nunca se dignam examinar o tenro broto da semente divina ou a possibilidade próxima ou remota do bem.

Encarceram-se no “lado mau” e perdem, por vezes, uma existência inteira, sem qualquer propósito de se transferirem para o ‘‘lado bom’’.

Que probabilidade de êxito se reservará ao necessitado que formula uma solicitação em gritaria, com evidentes sintomas de desequilíbrio? O concessionário sensato, de início, adiará a solução, aguardando, prudente, que a serenidade  volte ao pedinte.

A palavra de Paulo é clara, nesse sentido.

É indispensável persistir na oração, velando nesse trabalho com ação de graças. E forçoso é reconhecer que louvar não é apenas pronunciar votos brilhantes.

É também alegrar-se em pleno combate pela vitória do bem, agradecendo ao Senhor os motivos de sacrifício e sofrimento, buscando as vantagens que a adversidade e o trabalho nos trouxeram ao espírito.

Peçamos a Jesus o dom da paz e da alegria, mas não nos esqueçamos de glorificar-lhe os sublimes desígnios, toda vez que a sua vontade misericordiosa e justa entra em choque com os nossos propósitos inferiores. E estejamos  convencidos de que oração intempestiva, constituída de pensamentos desesperados e descabidas exigências, destina-se ao chão renovador qual acontece à flor improdutiva que o vento leva.

  


Emmanuel/Chico Xavier
Livro: Pão Nosso

quarta-feira, 28 de maio de 2025

NA AUSÊNCIA DO AMOR


    Se não sabes cultivar a verdadeira fraternidade, serás atacado fatalmente pelo pessimismo, tanto quanto a terra seca sofrerá o acumulo de pó. 
    Tudo incomoda àquele que se recolhe à intransigência. 
    Os companheiros que fogem às tarefas do amor são profundamente tristes pelo fel de intolerância com que se alimentam. 
    Convidados ao esforço de equipe, asseveram que os homens respiram em bancarrota moral. 
    Trazidos ao culto da fé, supõem reconhecer, em toda parte, a maldade e a desilusão. 
    Chamados à caridade, consideram nos irmãos de sofrimento inimigos prováveis, afastando-se irritadiços. 
    Impelidos a essa ou àquela manifestação de contentamento, recuam, desencantados, crendo surpreender maldade e lama nas menores exteriorizações de beleza festiva, Caminham no mundo entre a amargura e a desconfiança. 
    Não há carinho que lhes baste. Vampirizam criaturas por onde estagiam, chorando, reclamando, lamentando. 
    Não possuem rumo certo. Declaram-se expulsos da sociedade e da família. 
    É que, incapazes do amor ao próximo, jornadeiam pela terra, sob o pesado nevoeiro do egoísmo que nos detém tão somente no circulo estreito de nossas necessidades, sem qualquer expressão de respeito
para com as necessidades alheias. 
    Afirmam-se incompreendidos, porque não desejam compreender. 
    Ausentes do amor, ressecam a máquina da vida, perdendo a visão espiritual. 
    Impermeáveis ao bem, fazem-se representantes do mal. 
    Se o pessimismo começa abeirar-se de teu espírito, recolhe-te à oração e pede ao Senhor te multiplique as forças na resistência, ante o assalto das trevas. 
    Aprendamos a viver com todos, tolerando para que sejamos tolerados, ajudando para que sejamos ajudados, e o amor nos fará viver, prestimosos e otimistas, no clima luminoso em que a luta e o trabalho são bênçãos de esperança.

 


Francisco Cândido Xavier por Emmanuel. In: Fonte Viva

terça-feira, 27 de maio de 2025

REFLEXOS


Impressões negativas?

Não precisas dizê-las.

 

Anotando defeitos,

Procura as qualidades.

 

Com motivos de queixa,

Não reclames. Espera.

 

Críticas sem proveito

Destacam-te o perfil.

 

Encontramos nos outros

o que temos em nós.

 

Só vemos o que temos,

Isso é a Lei de Deus."


 

(Emmanuel/Francisco Cândido Xavier)

segunda-feira, 26 de maio de 2025

NÃO SÓ

 

“E peço isto: que a vossa caridade abunde mais
e mais em ciência e em todo o conhecimento.”
– Paulo. (Filipenses, 1:9)
 

A caridade é, invariavelmente, sublime nas menores manifestações, todavia, inúmeras pessoas muitas vezes procuram limitá-la, ocultando-lhe o espírito divino.

Muitos aprendizes creem que praticá-la é apenas oferecer dádivas materiais aos necessitados de pão e teto.

Caridade, porém, representa muito mais que isso para os verdadeiros discípulos do Evangelho.

Em sua carta aos filipenses, oferece Paulo valiosa assertiva, com referência ao assunto.

Indispensável é que a caridade do cristão fiel abunde em conhecimento elevado.

Certo benfeitor distribuirá muito pão, mas se permanece deliberadamente nas sombras da ignorância, do sectarismo ou da autoadmiração não estará faltando com o dever de assistência caridosa a si mesmo?

Espalhar o bem não é somente transmitir facilidades de natureza material. Muitas máquinas, nos tempos modernos, distribuem energia e poder, automaticamente.

Caridade essencial é intensificar o bem, sob todas as formas respeitáveis, sem olvidarmos o imperativo de auto sublimação para que outros se renovem para a vida superior, compreendendo que é indispensável conjugar, no mesmo ritmo, os verbos dar e saber.

Muitos crentes preferem apenas dar e outros se circunscrevem simplesmente em saber; as atividades de todos os benfeitores dessa espécie são úteis, mas incompletas.

Ambas as classes podem sofrer presunção venenosa.

Bondade e conhecimento, pão e luz, amparo e iluminação, sentimento e consciência são arcos divinos que integram os círculos perfeitos da caridade.

Não só receber e dar, mas também ensinar e aprender.

 

 


Vinha de Luz. Francisco C Xavier por Emmanuel

domingo, 25 de maio de 2025

ELES VIVEM


Ante os que partiram, precedendo-te na Grande Mudança, não permitas que o desespero te ensombre o coração. Eles não morreram. Estão vivos. Compartilham-te as aflições, quando te lastimas sem consolo. Inquietam-se com a tua rendição aos desafios da angústia quando te afastas da confiança em Deus.


Eles sabem igualmente quanto dói a separação. Conhecem o pranto da despedida e te recordam as mãos trementes no adeus, conservando na acústica do espírito as palavras que pronunciaste, quando não mais conseguiram responder as interpelações que articulastes no auge da amargura. Não admitas estejam eles indiferentes ao teu caminho ou à tua dor.

Eles percebem quanto te custa a readaptação ao mundo e à existência terrestre sem eles e quase sempre se transformam em cirineus de ternura incessante, amparando-te o trabalho de renovação ou enxugando-te as lágrima quando tateias a lousa ou lhes enfeitas a memória perguntando porque. Pensa neles com a saudade convertida em oração. As tuas preces de amor representam acordes de esperança e devotamento, despertando-os para visões mais altas na vida.

Quanto puderes, realiza por eles as tarefas em que estimariam prosseguir e tê-los-á contigo por infatigáveis zeladores de teus dias. Se muitos deles são teu refúgio e inspiração nas atividades a que te prendes no mundo, para muitos outros deles és o apoio e o incentivo para a elevação que se lhes faz necessária. Quando te disponhas a buscar os entes queridos domiciliados no Mais Além, não te detenhas na terra que lhes resguarda as últimas relíquias da experiência no plano material…

Contempla os céus em que mundos inumeráveis nos falam da união sem adeus e ouvirás a voz deles no próprio coração, a dizer-te que não caminharam na direção da noite, mas sim ao encontro de Novo Despertar.



Emmanuel
Psicografada por Chico Xavier

sexta-feira, 23 de maio de 2025

NAS PALAVRAS


“Irmãos, não vos queixeis uns dos outros,
para não serdes julgados...”
(TIAGO, 5:9)
 

Mergulhar o divino dom da palavra no vaso lodoso da queixa é o mesmo que inflamar preciosa lâmpada no conteúdo da lata de lixo.

Não transformes a própria frase em lama sobre chagas abertas.

Podes mobilizar a maravilha do verbo, para reajustar o bem, sem necessidade de estender o mal.

Ergue a esperança, ao pé dos que desfaleceram na luta. Exalta a excelência do amor, perante aqueles que o ódio intoxica. Louva as perspectivas da fé, ao lado dos que choram no desencanto. Aponta as qualidades nobres do amigo que caiu em desvalimento. Destaca as possibilidades de auxiliar onde os outros somente encontram motivos para censura.

Desdobra o trabalho restaurador onde o pessimismo condena. Procura o lado melhor das situações para que o melhor seja feito. E, quando os obstáculos morais se agigantem, como se a maldade estivesse a ponto de triunfar em definitivo, se não podes algo dizer em louvor da bondade, cala-te e ora.

Pensa no bem, quando não puderes falar nele.

A semente muda, renova a terra.

A gota silenciosa de sedativo, asserena o corpo martirizado.

Nunca te queixes dos outros, mesmo porque, em nos queixando de alguém, é preciso consultar o próprio íntimo para saber se em algum lugar desse alguém não estaríamos fazendo isso ou aquilo de maneira pior.



 
 
(Francisco Cândido Xavier por
Emmanuel. In: Palavras de Vida Eterna)

quinta-feira, 22 de maio de 2025

FRATERNIDADE



    Mãos que se alongam para auxiliar outras mãos que fraquejam.
    Sentimentos que se engrandecem para apoiar emoções que necessitam de amparo.
    Esforços que se conjugam a fim de amenizar amarguras.
    Vibrações de amor que vencem distâncias, objetivando mudar paisagens tristes
das mentes e dos corações.
    Espíritos valorosos que se dirigem às furnas da aflição, encorajados pelo desejo
de amar aos que desfaleceram nas lutas.
    Preces que se evolam da pira do puro amor, buscando os ouvidos divinos em favor dos que choram, eis a ação da fraternidade vestindo de esperanças os painéis torpes do mundo ou emoldurando de belezas as construções edificantes dos ideais libertadores da Humanidade.
    Fraternidade, vibração do Cristo unindo os homens como verdadeiros irmãos,
    Louvada sejas!




(Divaldo P. Franco por Eros. In: Heranças de Amor)

quarta-feira, 21 de maio de 2025

VÓS, QUE DIZEIS?


“E perguntou-lhes: E vós, quem dizeis
que eu sou?” (Lucas, 9:20)
 

Nas discussões propriamente do mundo, existirão sempre escritores e cientistas dispostos a examinar o Mestre, na pauta de suas impressões puramente intelectuais, sob os pruridos da presunção humana.

Esses amigos, porém, não tiveram contacto com a alma do Evangelho, não superaram os círculos acadêmicos e nem arriscam títulos convencionais, numa excursão desapaixonada através da revelação divina; naturalmente, portanto, continuarão enganados pela vaidade, pelo preconceito ou pelo temor que lhes são peculiares ao transitório modo de ser, até que se lhes renove a experiência nas estradas da vida imperecível.

Entretanto, na intimidade dos aprendizes sinceros e fiéis, a pergunta de Jesus reveste-se de singular importância.

Cada um de nós deve possuir opiniões próprias, relativamente à sabedoria e à misericórdia com que temos sido agraciados.

Palestras vãs, acerca do Cristo, quadram bem apenas a espíritos desarvorados no caminho da vida. A nós outros, porém, compete o testemunho da intimidade com o Senhor, porque somos usufrutuários diretos de sua infinita bondade. Meditemos e renovemos aspirações em seu Evangelho de Amor, compreendendo a impropriedade de mútuas interpelações, com respeito ao Mestre, porque a interrogação sublime vem d’Ele a cada um de nós e todos necessitamos conhecê-lo, de modo a assinalá-lo em nossas tarefas de cada dia.

 

 

 

Emmanuel/Chico Xavier
Livro: Pão Nosso

terça-feira, 20 de maio de 2025

NO CAMPO FÍSICO


“Semeia-se corpo animal, ressuscitará
corpo espiritual.” - Paulo. (I Coríntios, 15:44)

Ninguém menospreze a expressão animal da vida humana, a pretexto de preservar-se na santidade.

A imersão da mente nos fluidos terrestres é uma oportunidade de sublimação que o espírito operoso e desperto transforma em estruturação de valores eternos.

A sementeira comum é símbolo perfeito.

O gérmen lançado à cova escura sofre a ação dos detritos da terra, afronta a lama, o frio, a resistência do chão, mas em breve se converte em verdura e utilidade na folhagem, em perfume e cor nas flores e em alimento e riqueza nos frutos.

Compreendamos, pois, que a semente não estacionou. Rompeu todos os obstáculos e, sobretudo, obedeceu à influência da luz que a orientava para cima, na direção do Sol.

A cova do corpo é também preciosa para a lavoura espiritual, quando nos submetemos à lei que nos induz para o Alto.

Toda criatura provisoriamente algemada à matéria pode aproveitar o tempo na criação de espiritualidade divina.

O apóstolo, todavia, é muito claro quando emprega o termo “semeia-se”. Quem nada planta, quem não trabalha na elevação da própria vida, coagula a atividade mental e rola no tempo à maneira do seixo que avança quase inalterável, a golpes inesperados da natureza.

Quem cultiva espinhos, naturalmente alcançará espinheiros.

Mas, o coração prevenido que semeia o bem e a luz, no solo de si mesmo, espere, feliz, a colheita da glória espiritual.

 

 

Vinha de Luz. Francisco C. Xavier por Emmanuel

segunda-feira, 19 de maio de 2025

CIÊNCIA E TEMPERANÇA


“E à ciência, a temperança; à temperança,
a paciência; à paciência, a piedade.”
– (II Pedro, 1:6)

 

Quem sabe precisa ser sóbrio.

Não vale saber para destruir.

Muita gente, aos primeiros contatos com a fonte do conhecimento, assume atitudes contraditórias. Impondo ideias, golpeando aqui e acolá, semelhantes expositores do saber nada mais realizam que a perturbação.

É por isso que a ciência, em suas expressões diversas, dá mão forte a conflitos ruinosos ou inúteis em política, filosofia e religião.

Quase todos os desequilíbrios do mundo se originam da intemperança naqueles que aprenderam alguma coisa.

Não esqueçamos. Toda ciência, desde o recanto mais humilde ao mais elevado da Terra, exige ponderação. O homem do serviço de higiene precisa temperança, a fim de que a sua vassoura não constitua objeto de tropeço, tanto quanto o homem de governo necessita sobriedade no lançamento das leis, para não conturbar o espírito da multidão. E não olvidemos que a temperança, para surtir o êxito desejado, não pode eximir-se à paciência, como a paciência, para bem demonstrar-se, não pode fugir à piedade, que é sempre compreensão e concurso fraternal.

Se algo sabes na vida, não te precipites a ensinar como quem tiraniza, menosprezando conquistas alheias. Examina as situações características de cada um e procura, primeiramente, entender o irmão de luta.

Saber não é tudo. É necessário fazer. E para bem fazer, homem algum dispensará a calma e a serenidade, imprescindíveis ao êxito, nem desdenhará a cooperação, que é a companheira dileta do amor.

 


Livro: Vinha de Luz. Francisco C. Xavier por Emmanuel

ASSUNTO DE TODOS

  Efetivamente não dispões do poder de improvisar a paz do mundo; entretanto, Deus já te concedeu a faculdade de renunciar à execução dos ...