quinta-feira, 30 de novembro de 2023

PAI NOSSO

 

“Pai nosso...” – Jesus. (Mateus, 6:9)

A grandeza da prece dominical nunca será devidamente compreendida por nós que lhe recebemos as lições divinas.

Cada palavra, dentro dela, tem a fulguração de sublime luz.

De início, o Mestre Divino lança-lhe os fundamentos em Deus, ensinando que o Supremo Doador da Vida deve constituir, para nós todos, o princípio e a finalidade de nossas tarefas.

É necessário começar e continuar em Deus, associando nossos impulsos ao plano divino, a fim de que nosso trabalho não se perca no movimento ruinoso ou inútil.

O Espírito Universal do Pai há de presidir-nos o mais humilde esforço, na ação de pensar e falar, ensinar e fazer.

Em seguida, com um simples pronome possessivo, o Mestre exalta a comunidade.

Depois de Deus, a Humanidade será o tema fundamental de nossas vidas.

Compreenderemos as necessidades e as aflições, os males e as lutas de todos os que nos cercam ou estaremos segregados no egoísmo primitivista.

Todos os triunfos e fracassos que iluminam e obscurecem a Terra pertencem-nos, de algum modo.

Os soluços de um hemisfério repercutem no outro.

A dor do vizinho é uma advertência para a nossa casa.

O erro de um irmão, examinado nos fundamentos, é igualmente nosso, porque somos componentes imperfeitos de uma sociedade menos perfeita, gerando causas perigosas e, por isso, tragédias e falhas dos outros afetam-nos por dentro.

Quando entendemos semelhante realidade, o império do eu” passa a incorporar-se por célula bendita à vida santificante.

Sem amor a Deus e à Humanidade, não estamos suficientemente seguros na oração.

Pai nosso... – disse Jesus para começar. Pai do Universo... Nosso mundo...

Sem nos associarmos aos propósitos do Pai, na pequenina tarefa que nos foi permitido executar, nossa prece será, muitas vezes, simples repetição do “eu quero”, invariavelmente cheio de desejos, mas quase sempre vazio de sensatez e de amor.

 

 

Livro: Fonte Viva

Francisco Cândido Xavier por Emmanuel

quarta-feira, 29 de novembro de 2023

NO RUMO DA PAZ


Se você retirar a sombra de tristeza que lhe cobre o olhar, observará que o Sol e o Tempo renasceram, hoje, a fim de que você possa refazer-se e recomeçar.

Não se sabe de ninguém que houvesse conseguido a restauração ou o êxito em clima de desabafo.

Sorrir atraindo dedicações e possibilidades ou mostrar a face agoniada da irritação, suscitando adversários ou problemas, dependerá sempre de você mesmo.

Ódio e medo, inveja ou ciúme, desespero ou ressentimento desajustam a mente, e a mente desequilibrada envenena o corpo.

Procure ver o melhor dos outros e dê aos outros o melhor de você, porque o pessimismo jamais edifica.

Você receberá auxílio e assistência na medida exata das suas prestações de serviço ao próximo, recebendo ainda, por acréscimo, valiosas bonificações da Providência Divina.

Recordemos que situar-nos nas dificuldades dos outros, de modo a senti-las como se fossem nossas, para auxiliar aos outros, sem exigência ou compensação, é a maneira mais justa de garantir a paz.

Lembremo-nos sempre de que a criatura humana, seja qual for a condição em se encontre, conquanto as imperfeições ou fraquezas que ainda carregue, é um anjo em formação, caindo às vezes para levantar-se e aprender as lições do Bem com mais segurança. E, segundo as leis de evolução, toda a criatura, a fim de burilar-se, é chamada a esforço máximo, no qual a dificuldade e o sofrimento estão incluídos por ingredientes de progresso e sublimação.

Por isso mesmo, em quaisquer ocasiões, seja de alegria ou inquietação, fracasso ou refazimento, se aspiramos a seguir para as vanguardas de elevação e felicidade, amor e luz, só nos resta uma solução: trabalhar. 

 

 

ANDRÉ LUIZ
Do livro "Astronautas do Além"

terça-feira, 28 de novembro de 2023

PACIÊNCIA E CONSTRUÇÃO


“A caridade é paciente...” – Paulo.  (I Coríntios, 13:4).


          Indiscutivelmente não consegues corrigir, como talvez desejes, os desacertos da Humanidade, mas é possível ajustar o próprio coração à lei do amor a fim de que a redenção do mundo encontre em ti mesmo o ponto necessário de expansão.
          Não julgues, porém, que pressa ou violência sejam climas adequados de ação para a vitória do bem.


          Amarás e servirás; entretanto, não só isso: ampararás também.


          Compreensão pede amadurecimento de raciocínio nos refolhos da alma. Que dizer do lavrador que propiciasse leito e adubo à semente, sob a condição de ser correspondido com o fruto em apenas algumas horas? Do professor que instituísse o apoio da escola exigindo, por isso, que o aluno efetue a conquista de todos os louros culturais numa semana?


          Auxilia a quem amas; no entanto, não lhes solicites espetáculos de entendimento e gratidão que não sejam capazes de oferecer. Que seria de nós se fôssemos constrangidos a pagar de improviso as contas do amor que temos recebido e com que temos sido sustentados na longa fieira de nossas reencarnações, através dos séculos? Pensa nisso e semeia o bem quanto possas, porque a caridade é paciente e na caridade infatigável se edifica, em favor de nós todos, a paciência de Deus.

 


(Francisco Cândido Xavier por Emmanuel. In: Bênção de Paz)

segunda-feira, 27 de novembro de 2023

A CARIDADE NUNCA FALHA


“A caridade nunca falha.”
— PAULO. (I CORINTIOS, 13:8) 

          Quem escolhe intenções elevadas no desempenho de suas atividades, jamais esbarra em fracasso. 
          Quem perdoa de coração qualquer ofensa, não aloja o arrependimento no íntimo. 
          Quem se vê incompreendido ao elaborar o ato digno, recebe em seu favor a compreensão da Misericórdia de Cima. 
          Quem visa o interesse do próximo na obra em curso, somente descobre motivos para confiar no próprio êxito. 
          Quem estuda para ajudar a outrem com o facho do conhecimento, invariavelmente alcançará o aprendizado. 
          Quem se sacrifica para minorar o sofrimento daqueles que lhe rodeiam a marcha, demanda novos domínios da felicidade essencial. 
          Quem se esforça por viver o amor puro sob qualquer aspecto, acerta sempre no instante de definição. 
          Eis, por que, assevera o Apóstolo aos irmãos de Corinto: 
          - "A caridade nunca falha". 
          Realmente, a caridade expressa a perfeição dentre as manifestações da criatura e dimana, em seus fundamentos, do Amor Infinito de Deus. 
          Um ato de caridade traz em si a argamassa indestrutível da Eterna Perfeição, composta de sabedoria e justiça, trabalho e solidariedade, confiança e paz. 
          O erro torna-se inexeqüível ao espírito quando o coração perdoa sem condições, estuda com dignidade ou trabalha desinteressadamente. 
          Assim, a luz da caridade jamais de extingue. 
          Onde surge, as controvérsias transformam-se em colóquios fraternais, a tristeza rende-se à alegria, o desânimo perde a razão de ser e as almas aceleram o vôo na esteira evolutiva. 
          Muitos aprendizes da Verdade pesquisam sofregamente a fórmula ideal para a vitória na Vida, no entanto, ela aí brilha à mão de qualquer um, estruturada na gradação infinita da caridade. 
          Busquemos, pois, prosseguir sem falhas. 
          Volta o olhar para o cosmo interior e procede à avaliação da própria conduta segundo o câmbio único da virtude sublime e estarás vivendo, em ti mesmo, a batalha sem derrotas, o itinerário sem desvio, a luta sem quedas e a luz sem sombras, sob o beneplácito d'Aquele que é Todo-Amor e Todo-Justiça.

 


Francisco Cândido Xavier por Emmanuel.

In: IDeal Espírita

domingo, 26 de novembro de 2023

INSUPERÁVEL BRANDURA


            Quando você for defrontado por alguém violento, que o agrida verbalmente ou o ameace fisicamente, recorde-se que ele é muito infeliz.

            Todo aquele que não recebeu amor na infância ou foi vítima de insucessos emocionais, sempre perde o endereço de si mesmo e se torna inimigo dos outros.
            Conceda-lhe a graciosa dádiva da bondade que não o torna mais desventurado. Não há quem resista a um indisfarçável gesto de benevolência.
                                                                *
            Surpreendido pela astúcia dos perversos, sempre hábeis na arte de infligir sofrimentos aos outros, tenha em mente que eles são também impiedosos para consigo mesmos.
            A sua desorientação provém de experiências amargas, nas quais sofreram crueldades e abandono.
            Proporcione-lhes o ensejo de despertar, dando-lhes compreensão. Ninguém recusa amor, mesmo que, aparentemente reaja com aspereza, o que é falta de hábito em recebê-lo.
                                                                *
            No pandemônio da revolta que grassa violenta em toda parte, anunciando desastres morais e conjunturas físicas dolorosas, reserve-se o direito de permanecer em paz.
            O aturdimento que procede de alguns poucos, facilmente contamina o grupo social que se perturba. O agitador, é alguém que se sentiu desrespeitado nos seus direitos de criança e, na ocasião, não soube administrar a ira nem a frustração, agora tornadas bandeiras de comportamento doentio.
            Seja amistoso para com ele, apresentando-lhe o outro lado da existência humana. O ser carente vive armado contra tudo e todos, até o momento em que se sente rociado pela presença da brandura.
                                                                *
            No crepitar das labaredas das acusações e calúnias contra alguém, gerando situações asfixiantes e más, continue portador de generosidade para com a vítima.
            Quem delinqüe, perde-se no labirinto de terríveis alucinações morais.
            Não fustigue mais o desditoso, antes aplique temperança para com ele. O solo que arde, não pode receber mais calor, e sim, água refrescante que lhe diminua e aplaque a temperatura elevada.
            Todos somos sensíveis à compreensão de alguém para conosco.
            Perseguido pela inveja ou malsinado pela insensatez daquele que não gosta de você, resguarde-se na compaixão para com ele.
            A insegurança que o leva a afligi-lo é resultado da família com a qual viveu e de quem somente recebeu lições de impiedade e malquerença.
            Ele gostaria, por certo, de ser como você, e, na impossibilidade de que se dá conta, tenta amargurá-lo.
           Ofereça-lhe o silêncio em resposta de brandura, que o alcançará inexoravelmente, alterando-lhe a atitude interior. Nada pode detê-la, e quem a recebe jamais prossegue como antes.
                                                           *
         Na raiz de muitos males, que afligem e desconcertam a criatura, o desamor de que foi objeto, na atual ou em anterior reencarnação, é o responsável pelo seu transtorno.
       Naturalmente, quem lhe experimenta o aguilhão impiedoso deseja libertar-se, defendendo-se e acusando, reagindo.
       Não existe, porém, defesa real quando se agride nem se conquista harmonia quando se entra em debates de violência.
       Nunca aceite as injunções do mal nem as arruaças dos desordeiros, simplesmente deixando de conceder-lhes consideração.
       Você cresce na vertical do amor, tendo por dever levantar caídos e nunca torná-los mais vulneráveis ao mal que neles reside.
       Viva com brandura e esparza-a, tornando o mundo melhor e as criaturas menos desesperadas.
       Somente quem ama e se reveste de bondade pode resistir aos conflitos e desafios perturbadores da sociedade agressiva que prefere ignorar o Bem.



(Divaldo P. Franco por Marco Prisco. In: Luzes do alvorecer)

sexta-feira, 24 de novembro de 2023

O CRISTO OPERANTE

 

"Porque aquele que operou eficazmente

em Pedro para o apostolado da circuncisão,

esse operou também  em mim com eficácia

para com os gentios." –Paulo.  (Gálatas, 2:8)

 

    A vaidade humana sempre guardou a pretensão de manter o Cristo nos círculos do sectarismo religioso, mas Jesus prossegue operando em toda a parte onde medre o princípio do bem.

    Dentro de todas as linhas de evolução terrestre, entre santuários e academias, movimentam-se os adventícios inquietos, os falsos crentes e os fanáticos infelizes que acendem a fogueira da opinião e sustentam-na. Entre eles, todavia, surgem os homens da fé viva que se convertem nos sagrados veículos do Cristo operante.

    Simão Pedro centralizou todos os trabalhos do evangelho nascente, reajustando aspirações do povo escolhido.

    Paulo de Tarso foi poderoso imã para a renovação da gentilidade.

    Através de ambos expressava-se o mesmo Mestre, com um só objetivo - o aperfeiçoamento do homem para o Reino Divino.

    É tempo de reconhecer-se a luz dessas eternas verdades. Jesus permanece trabalhando e sua bondade infinita se revela em todos os setores em que o amor esteja erguido á conta de supremo ideal.

    Ninguém se prenda ao domínio das queixas injustas, encarando os discípulos sinceros e devotados por detentores de privilégios divinos. Cada aprendiz se esforce por criar no coração a atmosfera propícia ás manifestações do Senhor e de seus emissários.

    Trabalha, estuda, serve e ajuda sempre, em busca das esferas superiores, e sentirás o Cristo operante ao teu lado, nas relações de cada dia.

 

 

 

Francisco Cândido Xavier por Emmanuel. In: Pão Nosso

quinta-feira, 23 de novembro de 2023

O JUSTO REMÉDIO

 

“Quanto, porém, à caridade fraternal, não

necessitais que vos escreva, porque

já vós mesmos estais instruídos por

Deus que vos ameis uns aos outros.”

– Paulo (1ª Epístola aos Tessalonicenses, 4:9)

 

Em sua missão de Consolador, recebe o Espiritismo milhares de consultas partidas de almas ansiosas, que imploram socorro e solução para diversos problemas.

Aqui, é um pai que não compreende e confia-se a sistemas cruéis de educação.

Ali, é um filho rebelde e ingrato, que foge à beleza do entendimento.

Acolá, é um amigo fascinado pelas aparências do mundo e que abandona os compromissos com o ideal superior.

Além, é um irmão que se nega ao concurso fraterno.

Noutra parte, é o cônjuge que deserta do lar.

Mais adiante, é o chefe de serviço, insensível e contundente.

Contudo, o remédio para a extinção desses velhos enigmas das relações humanas está indicado, há séculos, nos ensinamentos da Boa Nova.

A caridade fraternal é a chave de todas as portas para a boa compreensão.

O discípulo do Evangelho é alguém que foi admitido à presença do Divino Mestre para servir.

A recompensa de semelhante trabalhador, efetivamente, não pode ser aguardada no imediatismo da Terra.

Como colocar o fruto na fronde verde da plantinha nascente?

Como arrancar a obra-prima do mármore com o primeiro golpe do cinzel?

Quem realmente ama, em nome de Jesus, está semeando para a colheita na Eternidade.

Não procuremos orientação com os outros para assuntos claramente solucionáveis por nosso esforço.

Sabemos que não adianta desesperar ou amaldiçoar...

Cada espírito possui o roteiro que lhe é próprio.

Saibamos caminhar, portanto, na senda que a vida nos oferece, sob a luz da caridade fraternal, hoje e sempre.

 

 

 

Fonte Viva. Francisco C. Xavier por Emmanuel

quarta-feira, 22 de novembro de 2023

EXORTADOS A TRABALHAR


“Amados, procurando eu escrever-vos

com toda a diligência acerca da salvação

comum, tive por necessidade dirigir-vos

esta carta, exortando-vos a batalhar pela fé

que uma vez foi dada aos santos.”

(Judas, 3)

O Cristianismo é campo imenso de vida espiritual, a que o trabalhador é chamado para a sublime renovação.

O sedento encontra nele as fontes da “água viva”, o faminto, os celeiros do “eterno pão”. Os cegos de entendimento nele recebem a visão do caminho; os leprosos da alma, o alívio e a cura.

Todos os viajores da vida, porém, são felicitados pelos recursos indispensáveis à jornada terrestre, com a finalidade de se erguerem, de fato, nAquele que é a Luz dos Séculos. Desde então, restaurados em suas energias espirituais, são exortados a batalhar na grande causa do bem.

Ninguém se engane, pois, na oficina generosa e ativa da fé.

No serviço cristão, lembre-se cada aprendiz de que não foi chamado a repousar, mas à peleja árdua, em que a demonstração do esforço individual é imperativo divino.

Jesus iniciou, no círculo das inteligências encarnadas, o maior movimento de libertação do espírito humano, no primeiro dia da Manjedoura.

Não se equivoquem, pois, os que buscam o Mestre dos mestres... Receberão, certamente, a esperada iluminação, o consolo edificante e o ensinamento eficaz, mas penetrarão a linha de batalha, em que lhes constitui obrigação o combate permanente pela vitória do amor e da verdade, na Terra, através de ásperos testemunhos, porque todos nós, encarnados e desencarnados, oscilantes ainda entre a animalidade e a espiritualidade, entre o vale do homem e a culminância do Cristo, estamos constrangidos a batalhar até o definitivo triunfo sobre nós mesmos pela posse da Vida Imortal.

  

 

Vinha de Luz. Francisco C. Xavier por Emmanuel

terça-feira, 21 de novembro de 2023

SEQUÊNCIA


          Se desejas alcançar a caridade e a ciência nos cimos do progresso, observa a produção da árvore sábia e simples.
          De início, a sementeira.
          Mais tarde, o crescimento.
          Depois, a floração.
          No fim, a frutescência.
***
          Não pedirás, assim, à roseira nascitura que se cubra de flores, simplesmente porque surja a teus olhos. Oferecer-lhe-ás água e adubo, carinho e defesa, para que te possa retribuir na tela das horas com o ramo perfumado a enriquecer-te o jardim.
***
          Não reclamarás da criança a interpretação da cultura clássica, apenas porque demonstre vivacidade e inteligência. Dotá-la-ás, como é justo, com os talentos da escola e da educação, para que, no curso dos dias, te satisfaça a exigência.
***
          Lembra-te da casa nobre começando nos alicerces, e não te desmandes na pressa, a fim de que a tua existência se ajuste à gloriosa sinfonia da vida.
***
          Ninguém trairá os imperativos do tempo, no campo da evolução.
***
          As próprias constelações e os próprios átomos obedecem à lei do ritmo e procedem segundo as disposições da ordem no seu mecanismo certo.
***
          Recordemos, desse modo, quanto temos recebido dos Benfeitores da Vida Mais Alta, em tolerância e renúncia, até abordarmos a faixa de entendimento em que hoje nos situamos e, endereçando à retaguarda as mãos incansáveis e amigas, saibamos ajudar e socorrer, perdoar e amparar, infatigavelmente, na certeza de que, apenas assim, repetindo indefinidamente as lições do roteiro, sob a inspiração da bondade e da paciência, é que atingiremos, por nós mesmos, a auréola da sabedoria e do amor que nos aguarda ante a luz dos sóis sublimados e infinitos.



(De “Inspiração” de Francisco Cândido Xavier, pelo Espírito Emmanuel)

segunda-feira, 20 de novembro de 2023

A LIÇÃO DO ESQUECIMENTO

 


        Não fosse o olvido temporário que assegura o refazimento da alma, na reencarnação, segundo a misericórdia do Senhor que lhe orienta a reta justiça, decerto teríamos no mundo, ao invés da escola redentora, a jaula escura e extensa, onde os homens se converteriam em feras a se degladiarem indefinidamente.

       Não fosse o dom do esquecimento que envolve o berço terrestre e o ódio viveria eternizado, transformando a Terra em purgatório angustioso e terrível, onde nada mais faríamos que chorar e lamentar, acusar e gemer.

       A Divina Bondade, contudo, em cada romagem do espírito no campo do mundo, confere-lhe no corpo físico o arado novo, suscetível de valorizar-lhe a replantação do destino, no rumo do porvir.

       De existência a existência, o Senhor vela-nos caridosamente a memória, a fim de que saibamos metamorfosear espinhos em flores e aversões em laços divinos.

       O Pai, no entanto, com semelhante medida, não somente nos ampara com a providencial anestesia das chagas interiores, em favor do nosso êxito em novos compromissos.

       Com essa dádiva, Ele que nos reforma o empréstimo do ensejo de trabalho, de experiência a experiência, nos induz à verdadeira fraternidade, para o esquecimento de nossas faltas recíprocas, dia a dia.

       Aprendamos a olvidar as úlceras e as cicatrizes, as deformidades e os defeitos do irmão de jornada, se nos propomos efetivamente a avançar para diante, em busca de renovadores caminhos.

       Cada dia é como que a “reencarnação da oportunidade”, em que nos cabe aprender com o bem, redimindo o passado e elevando o presente, para que o nosso futuro não mais se obscureça.

       Nas tarefas de redenção, mais vale esquecer que lembrar, a fim de que saibamos mentalizar com segurança e eficiência a sublimação pessoal que nos cabe atingir.

       O Senhor nos avaliza os débitos, para que possamos adquirir os recursos destinados ao nosso próprio reajustamento à frente da Lei.

       Recordemos o exemplo do Céu, destruindo os resíduos de sombra que, em forma de lamentação e de queixa, emergem ainda à tona de nossa personalidade, derramando-se em angústia e doença, através do pensamento e da palavra, da voz e da atitude.

       Exaltemos o bem, dilatemo-lo e consagremo-lo nos menores gestos e em nossas mínimas tarefas, a cada instante da vida, e, somente assim, aprenderemos com o Senhor a olvidar a noite do pretérito, no rumo da alvorada que nos espera no fulgor do amanhã.

 

 

Emmanuel

(De “Família”, de Francisco Cândido Xavier – Espíritos Diversos)

 

domingo, 19 de novembro de 2023

LUZ EM NOSSAS MÃOS!


 "Interrogado pelos fariseus sobre quando viria
o reino de Deus, Jesus lhes respondeu:
Não vem o reino de Deus com aparências
exteriores". (Lucas, 17:20)

    A Terra de hoje reúne povos de vanguarda na esfera da inteligência.
    Cidades enormes são usadas, a feição de ninhos gigantescos de cimento e aço, por agrupamentos de milhões de pessoas.
    A energia elétrica assegura a circulação da força necessária à manutenção do trabalho e do conforto doméstico.
    A Ciência garante a higiene.
    O automóvel ganha tempo e encurta distâncias.
    A imprensa e a radiotelevisão interligam milhares de criaturas, num só instante, na mesma faixa de pensamento.
    A escola abrilhanta o cérebro.
    A técnica orienta a indústria.
    Os institutos sociais patrocinam os assuntos de previdência e segurança.
    O comércio, sabiamente dirigido, atende ao consumo com precisão.
    Entretanto, estaremos diante de civilização impecável?
    À frente desses empórios resplendentes de cultura e progresso material, recordemos a palavra dos instrutores de Allan Kardec,
nas bases da Codificação do Espiritismo.
    Perguntando a eles "por que indícios se pode reconhecer uma civilização completa", através da Questão número 793, constante
de "O Livro dos Espíritos", deles recolheu a seguinte resposta:
    "Reconhecê-la-eis pelo desenvolvimento moral. Credes que estais muito adiantados porque tendes feito grandes descobertas e
obtido maravilhosas invenções; porque vos alojais e vestis melhor do que os selvagens. Todavia, não tereis verdadeiramente o
direito de dizer-vos civilizados, senão quando de vossa sociedade houverdes banido os vícios que a desonram e quando viverdes,
como irmãos, praticando a caridade cristã. Até então sereis apenas povos esclarecidos, que hão percorrido a primeira fase da civilização".
    Espíritas, irmãos! Rememoremos a advertência do Cristo quando nos afirma que o reino de Deus não vem até nós com aparências
exteriores; para edificá-lo não nos esqueçamos de que a Doutrina Espírita é luz em nossas mãos. Reflitamos nisso.



(De “Segue-me!...”, de Francisco Cândido Xavier, pelo Espírito Emmanuel)

sexta-feira, 17 de novembro de 2023

A LIÇÃO DO ESQUECIMENTO

 

        Não fosse o olvido temporário que assegura o refazimento da alma, na reencarnação, segundo a misericórdia do Senhor que lhe orienta a reta justiça, decerto teríamos no mundo, ao invés da escola redentora, a jaula escura e extensa, onde os homens se converteriam em feras a se degladiarem indefinidamente.

       Não fosse o dom do esquecimento que envolve o berço terrestre e o ódio viveria eternizado, transformando a Terra em purgatório angustioso e terrível, onde nada mais faríamos que chorar e lamentar, acusar e gemer.

       A Divina Bondade, contudo, em cada romagem do espírito no campo do mundo, confere-lhe no corpo físico o arado novo, suscetível de valorizar-lhe a replantação do destino, no rumo do porvir.

       De existência a existência, o Senhor vela-nos caridosamente a memória, a fim de que saibamos metamorfosear espinhos em flores e aversões em laços divinos.

       O Pai, no entanto, com semelhante medida, não somente nos ampara com a providencial anestesia das chagas interiores, em favor do nosso êxito em novos compromissos.

       Com essa dádiva, Ele que nos reforma o empréstimo do ensejo de trabalho, de experiência a experiência, nos induz à verdadeira fraternidade, para o esquecimento de nossas faltas recíprocas, dia a dia.

       Aprendamos a olvidar as úlceras e as cicatrizes, as deformidades e os defeitos do irmão de jornada, se nos propomos efetivamente a avançar para diante, em busca de renovadores caminhos.

       Cada dia é como que a “reencarnação da oportunidade”, em que nos cabe aprender com o bem, redimindo o passado e elevando o presente, para que o nosso futuro não mais se obscureça.

       Nas tarefas de redenção, mais vale esquecer que lembrar, a fim de que saibamos mentalizar com segurança e eficiência a sublimação pessoal que nos cabe atingir.

       O Senhor nos avaliza os débitos, para que possamos adquirir os recursos destinados ao nosso próprio reajustamento à frente da Lei.

       Recordemos o exemplo do Céu, destruindo os resíduos de sombra que, em forma de lamentação e de queixa, emergem ainda à tona de nossa personalidade, derramando-se em angústia e doença, através do pensamento e da palavra, da voz e da atitude.

       Exaltemos o bem, dilatemo-lo e consagremo-lo nos menores gestos e em nossas mínimas tarefas, a cada instante da vida, e, somente assim, aprenderemos com o Senhor a olvidar a noite do pretérito, no rumo da alvorada que nos espera no fulgor do amanhã.

 



Emmanuel
De “Família”, de Francisco Cândido Xavier
– Espíritos Diversos

FRATERNIDADE

    Mãos que se alongam para auxiliar outras mãos que fraquejam.     Sentimentos que se engrandecem para apoiar emoções que necessitam de a...