sexta-feira, 30 de abril de 2021

ADVERSIDADES E PERCALÇOS

 

As adversidades são naturais no caminho evolutivo de todos os seres.

Aprende a enfrentá-las com tranquilidade.

Não compliques o destino com a tua rebeldia e insensatez.

Administra os teus problemas — aqueles que criaste inadvertidamente e os que te foram criados por outros.

O que te desafia a capacidade de solução e convivência é justamente o que te faz ser mais do que és.

Ante qualquer impasse, asserena-te primeiro e age depois.

Não te aflijas hoje, pela dificuldade de amanhã.

Se é noite e desaba a tempestade, o dia pode amanhecer ensolarado.

Não tomes nenhuma decisão importante em clima psicológico e emocional alterado.

Apenas a atitude correta não deve ser deixada para mais tarde.

A ideia do bem, quando surge, surge no tempo de sua imediata aplicação.

Adversidades e percalços são degraus de uma escada, cuja função precípua é a de conduzir para o alto.


 

De “Dias Melhores”, de Carlos A. Baccelli

pelo Espírito Irmão José

 

quinta-feira, 29 de abril de 2021

TRÊS IMPERATIVOS


“E eu vos digo a vós: pedi, e dar-se-vos-á; buscai,

e achareis; batei, e abrir-se-vos-á.”

Jesus (Lucas, 11:9)

 

Pedi, buscai, batei...

Estes três imperativos da recomendação de Jesus não foram enunciados sem um sentido especial.

No emaranhado de lutas e débitos da experiência terrestre, é imprescindível que o homem aprenda a pedir caminhos de libertação da antiga cadeia de convenções sufocantes, preconceitos estéreis, dedicações vazias e hábitos cristalizados. É necessário desejar com força e decisão a saída do escuro cipoal em que a maioria das criaturas perdeu a visão dos interesses eternos.

Logo após, é imprescindível buscar.

A procura constitui-se de esforço seletivo. O campo jaz repleto de solicitações inferiores, algumas delas recamadas de sugestões brilhantes. É indispensável localizar a ação digna e santificadora.

Muitos perseguem miragens perigosas, à maneira das mariposas que se apaixonam pela claridade de um incêndio. Chegam de longe, acercam-se das chamas e consomem a bênção do corpo.

É imperativo aprender a buscar o bem legítimo.

Estabelecido o roteiro edificante, é chegado o momento de bater à porta da edificação; sem o martelo do esforço metódico e sem o buril da boa vontade, é muito difícil transformar os recursos da vida carnal em obras luminosas de arte divina, com vistas à felicidade espiritual e ao amor eterno.

Não bastará, portanto, rogar sem rumo, procurar sem exame e agir sem objetivo elevado.

Peçamos ao Senhor nossa libertação da animalidade primitivista, busquemos a espiritualidade sublime e trabalhemos por nossa localização dentro dela, a fim de converter-nos em fiéis instrumentos da Divina Vontade.

Pedi, buscai, batei!... Esta trilogia de Jesus reveste-se de especial significação para os aprendizes do Evangelho, em todos os tempos.

 


Emmanuel/Chico Xavier
Livro: Pão Nosso

terça-feira, 27 de abril de 2021

AGRADECIMENTO

 

Agradeço, alma irmã, o clima da alegria

A que a tua bondade nos conduz

Os brindes de ternura que nos deste

E as palavras de luz.

 

Agradeço-te o campo de trabalho

Em que me renovaste a noção de valor,

Fizeste-me enxergar em minha própria vida

A fonte de serviço a meu dispor.

 

Agradeço o remédio que me estendes

Para que eu possa agir,

Sendo mais forte para ser mais útil

Em demanda ao porvir

 

Agradeço o ambiente em que me acolhes

Onde aprendo a servir e onde posso cantar

Resguardando-me, em tudo, o júbilo bendito

De que me encontro no meu próprio lar!...

 

Mas, acima de tudo, alma querida,

Estou feliz porque me deste as mãos

Fazendo-me sentir que a luz do amor existe

E que na luz do amor todos somos irmãos.

 

Referência: Espírito: Maria Dolores - Médium: Francisco Cândido Xavier

segunda-feira, 26 de abril de 2021

NA INSTRUMENTALIDADE

 

“Como se conhecerá o que se toca com

a flauta ou com a cítara?” – Paulo

(1ª Epístola aos Coríntios, 14:7)

 

Cada companheiro de serviço cristão deveria considerar-se instrumento nas mãos do Divino Mestre, a fim de que a sublime harmonia do Evangelho se faça irrepreensível para a vitória completa do bem.

Todavia, se a ilimitada sabedoria do Celeste Emissor se mantém soberana e perfeita, os receptores terrenos pecam por deficiências lamentáveis.

Esse tem fé, mas não sabe tolerar as lacunas do próximo.

Aquele suporta cristãmente as fraquezas do vizinho, contudo, não possui energia nem mesmo para governar os próprios impulsos.

Aquele outro é bondoso e confiante, mas foge ao estudo e à meditação, favorecendo a ignorância.

Outro, ainda, é imaginoso e entusiasta, entretanto, escapa sutilmente ao esforço dos braços.

Um é conselheiro excelente, no entanto, não santifica os próprios atos.

Outro retém brilhante verbo na pregação doutrinária, todavia, é apaixonado cultor de anedotas menos dignas com que desfigura o respeito à revelação de que é portador.

Esse estima a castidade do corpo, mas desvaira-se pela aquisição de dinheiro fácil.

Outro, mais além, conseguiu desprender-se das posses de ouro e terra, casa e moinho, mas cultiva verdadeiro incêndio na carne.

É indiscutível a nossa imperfeição de seguidores da Boa Nova.

Por isso mesmo, guardamos o título de aprendizes.

O Planeta não é o paraíso terminado e achamo-nos, por nossa vez, muito distantes da angelitude.

Todavia, obedecendo ou administrando, ensinando ou combatendo, é indispensável afinar o nosso instrumento de serviço pelo diapasão do Mestre, se não desejamos prejudicar-lhe as obras.

Evitemos a execução insegura, indistinta ou perturbadora, oferecendo-lhe plena boa-vontade na tarefa que nos cabe, e o Reino Divino se manifestará mais rapidamente onde estivermos.

 

 

Fonte Viva

Francisco C. Xavier por Emmanuel

domingo, 25 de abril de 2021

O PÃO DIVINO


“Moisés não vos deu o pão do Céu;

mas meu Pai vos dá o verdadeiro

pão do Céu.” - Jesus. (João, 6:32)

 

Toda arregimentação religiosa na Terra não tem escopo maior que o de preparar as almas, ante a grandeza da vida espiritual.

Templos de pedra arruínam-se.

Princípios dogmáticos desaparecem.

Cultos externos modificam-se.

Revelações ampliam-se.

Sacerdotes passam.

Todos os serviços da fé viva representam, de algum modo, aquele pão que Moisés dispensou aos hebreus, alimento valioso sem dúvida, mas que sustentava o corpo apenas por um dia, e cuja finalidade primordial é a de manter a sublime oportunidade da alma em busca do verdadeiro pão do Céu.

O Espiritismo Evangélico, nos dias que correm, é abençoado celeiro desse pão. Em suas linhas de trabalho, há mais certeza e esperança, mais entendimento e alegria.

Esteja, porém, cada companheiro convencido de que o esforço pessoal no pão divino para a renovação, purificação e engrandecimento da alma há de ser culto dominante no aprendiz ou prosseguiremos nas mesmas obscuridades mentais e emocionais de ontem.

Observações de ordem fenomênica destinam-se ao olvido.

Afirmativas doutrinárias elevam-se para o bem.

Horizontes do conhecimento dilatam-se ao infinito.

Processos de comunicação com o invisível progridem sempre.

Médiuns sucedem-se uns aos outros.

Se procuras, pois, a própria felicidade, aplica-te com todas as energias ao aproveitamento do pão divino que desce do Céu para o teu coração, através da palavra dos benfeitores espirituais, e aprende a subir, com a mente inflamada de amor e luz, aos inesgotáveis celeiros do pão celestial.

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De “Vinha de Luz”, de Francisco Cândido Xavier, pelo Espírito Emmanuel

sábado, 24 de abril de 2021

TENDE CALMA


“E disse Jesus: Mandai assentar

os homens.” (JOÃO, 6: 10)

 

Esta passagem do Evangelho de João é das mais significativas. Verifica-se quando a multidão de quase cinco mil pessoas tem necessidade de pão, no isolamento da natureza.

Os discípulos estão preocupados.

Filipe afirma que duzentos dinheiros não bastarão para atender à dificuldade imprevista.

André conduz ao Mestre um jovem que trazia consigo cinco pães de cevada e dois peixes.

Todos discutem.

Jesus, entretanto, recebe a migalha sem descrer de sua preciosa significação e manda que todos se assentem, pede que haja ordem, que se faça harmonia. E distribuí o recurso com todos, maravilhosamente.

A grandeza da lição é profunda.

Os homens esfomeados de paz reclamam a assistência do Cristo. Falam n’Ele, suplicam-lhe socorro, aguardam-lhe as manifestações. Não conseguem, todavia, estabelecer a ordem em si mesmos, para a recepção dos recursos celestes.

Misturam Jesus com as suas imprecações, suas ansiedades loucas e seus desejos criminosos. Naturalmente se desesperam, cada vez mais desorientados, porquanto não querem ouvir o convite à calma, não se assentam para que se faça a ordem, persistindo em manter o próprio desequilíbrio.

 

Emmanuel/Chico Xavier
Livro: Caminho, Verdade e Vida

 

sexta-feira, 23 de abril de 2021

ANTE O CRISTO LIBERTADOR

 


“Eu sou a porta.” Jesus. (João, 10:7)

 

 

Segundo os léxicos, a palavra “porta” designa “uma abertura em parede, ao rés-do-chão ou na base de um pavimento, oferecendo entrada e saída”.

Entretanto, simbolicamente, o mundo está repleto de portas enganadoras. Dão entrada sem oferecerem saída.

Algumas delas são avidamente disputadas pelos homens que, afoitos na conquista de posses efêmeras, não se acautelam contra os perigos que representam.

Muitos batem à porta da riqueza amoedada e, depois de acolhidos, acordam encarcerados nos tormentos da usura.

Inúmeros forçam a passagem para a ilusão do poder humano e despertam detidos pelas garras do sofrimento.

Muitíssimos atravessam o portal dos prazeres terrestres e reconhecem-se, de um momento para outro, nas malhas da aflição e da morte.

Muitos varam os umbrais da evidência pública, sequiosos de popularidade e influência, acabando emparedados na masmorra do desespero.

O Cristo, porém, é a porta da Vida Abundante.

Com ele, submetemo-nos aos desígnios do Pai Celestial e, nessa diretriz, aceitamos a existência como aprendizado e serviço, em favor de nosso próprio crescimento para a Imortalidade.

Vê, pois, a que porta recorres na luta cotidiana, porque apenas por intermédio do ensinamento do Cristo alcançarás o caminho da verdadeira libertação.

 

 

Fonte Viva. Francisco C. Xavier por Emmanuel

quinta-feira, 22 de abril de 2021

RENOVAÇÃO

        Em nosso renascimento na Terra, entrelaçamo-nos, como é justo, sob a influência de quantos se acumpliciaram conosco na criminalidade ou na sombra, quase sempre erguidos à posição de inexoráveis credores de nossa vida, exigindo-nos pagamento ou reparação.

***
        E, como enxameiam em nosso pretérito próximo ou remoto gravames deploráveis e contas obscuras que nos compete apagar ou ressarcir, na maioria das circunstâncias, a atuação dessa natureza é deprimente e perturbadora, muita vez constrangendo-nos a incidir nos mesmos erros que nos tisnam as consciências e nos dilaceram os corações.
***
        É por isso que, durante a viagem na esfera física, somos habitualmente assaltados por aflitivas surpresas do plano oculto, em qualquer idade e em toda situação.
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        Há quem se veja enrodilhado nas suas malhas esfogueantes, em plena juventude corpórea, quem lhe conheça o sabor amargo no matrimônio, quem lhe experimente o impacto de angústia nas mais nobres tarefas do lar, quem lhe sinta a presença na esfera da profissão e quem lhe receba a nuvem desnorteante na hora da madureza ou da senectude, em dolorosas inquietações.
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        Para todos os problemas desse jaez, entretanto, é preciso reconhecer que só o bem puro e espontâneo é remédio justo e eficaz.
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        Somos, em verdade, seguidos pela influência que aliciamos, como quem apenas recolhe da gleba plantada aquilo que semeou.
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        E, assim como apenas a lances de suor e trabalho digno, preservamos a lavoura de nosso compromisso contra a hera que lhe sufoca os rebentos ou contra os vermes que lhe devoram as flores, somente ao preço de perdão e renúncia, amor e desinteresse, por vezes com o sacrifício de nossa própria felicidade, é que operaremos em nossos associados da sombra de ontem a necessária renovação, para que a liberdade nos favoreça na reconquista da luz.

 


Francisco Cândido Xavier/Emmanuel. Livro: Trilha de Luz

 

terça-feira, 20 de abril de 2021

HUMANIDADE REAL

 

“... Eis o Homem!”

– Pilatos. (João, 19:5)

 

Apresentando o Cristo à multidão, Pilatos não designava um triunfador terrestre.

Nem banquete, nem púrpura.

Nem aplauso, nem flores.

Jesus achava-se diante da morte.

Terminava uma semana de terríveis flagelações.

Traído, não se rebelara.

Preso, exercera a paciência.

Humilhado, não se entregou a revides.

Esquecido, não se confiou à revolta.

Escarnecido, desculpara.

Açoitado, olvidou a ofensa.

Injustiçado, não se defendeu.

Sentenciado ao martírio, soube perdoar.

Crucificado, voltaria à convivência dos mesmos discípulos e beneficiários que o haviam abandonado, para soerguer-lhes a esperança.

Mas, exibindo-o, diante do povo, Pilatos não afirma: – Eis o condenado, eis a vítima!

Diz simplesmente: – “Eis o Homem!”

Aparentemente vencido, o Mestre surgia em plena grandeza espiritual, revelando o mais alto padrão de dignidade humana.

Rememorando, pois, semelhante passagem, recordemos que somente nas linhas morais do Cristo é que atingiremos a Humanidade Real.


 

Fonte Viva. Francisco C. Xavier por Emmanuel

segunda-feira, 19 de abril de 2021

SAUDAÇÕES

Toda saudação deve basear-se em pensamentos de paz e alegria.

Pense no seu contentamento quando alguém lhe endereça palavras de afeto e simpatia, e faça o mesmo para com os outros.

Mobilize o capital do sorriso e observará que semelhante investimento lhe trará precioso rendimento de colaboração e felicidade.

Uma frase de bondade e compreensão opera prodígios na construção do êxito.

Auxilie aos familiares com a sua palavra de entendimento e esperança.

Se você tem qualquer mágoa remanescendo da véspera, comece o dia, à maneira do Sol: - esquecendo a sombra e brilhando de novo.

  

Sinal Verde

Francisco C. Xavier

André Luiz

 

domingo, 18 de abril de 2021

FELICIDADE

Emmanuel

 

Sábios existem que asseveram não ser a felicidade deste mundo, mas isso não quer dizer que a felicidade não seja do homem.

 

E sabendo nós outros que há diversos tipos de contentamento na Terra, não podemos ignorar que há um júbilo cristão, do qual não será lícito esquecer em tempo algum.

 

A alegria da mente ignorante que se mergulhou nos despenhadeiros do crime, reside na execução do mal, ao passo que a satisfação do homem esclarecido, jaz no dever bem desempenhado, no coração enobrecido e na reta consciência.

 

Não olvidemos que se o Reino do Senhor ainda não é deste mundo, nossa alma pode, desde agora, ingressar nesse Divino Reino e aí encontrar a aventura sem mácula do amor vitorioso sob a inspiração do Celeste Amigo.

 

A felicidade do discípulo de Jesus brilha em toda parte, introduzindo-nos à Benção Maior.

É a benção de auxiliar.

A construção da simpatia fraterna.

A oportunidade de sofrer pela própria santificação.

O ensejo de aprender para progredir na Eternidade.

A riqueza do trabalho.

A alegria de servir, não só com o dinheiro farto ou com a autoridade respeitável de Terra, mas também com o sorriso de entendimento, com o pão da boa vontade ou com o agasalho ao doente e à criança.

 

A felicidade, portanto, se ainda não é deste mundo, já pode residir no espírito que realmente a procura na alegria de dar de si mesmo, de sacrificar-se pelo bem comum e de auxiliar a todos, quando Jesus soube, amando e servindo, subir do madeiro sanguinolento aos esplendores da Eterna Ressurreição.



Do livro "Servidores no Além", Emmanuel, Chico Xavier 

VÓS, QUE DIZEIS?

“E perguntou-lhes: E vós, quem dizeis que eu sou?” (Lucas, 9:20)   Nas discussões propriamente do mundo, existirão sempre escrit...