“Mas eu vos tornarei a ver e o
vosso coração se
encherá de alegria e essa alegria ninguém
vo-la tirará.” (João: capítulo 16º, versículo 22.)
A constrição dos muitos problemas a pouco e pouco vem
deixando ressaibos de amarguras e tens a impressão de que os melhores planos
traçados nos painéis da esperança,
agora são lembranças que a dura realidade venceu.
Tantos esforços demoradamente envidados parecem redundar
em lamentáveis escombros.
A fortuna fácil que alguns amigos granjearam e o êxito
na ribalta social por outros lobrigado, afirmam o que consideras o fracasso das
tuas aspirações.
Na jornada quotidiana “marcas passos”.
Na disputa das posições segues ladeira acima.
No círculo das amizades cais na “rampa do desprezo”.
No reduto da família és um estranho em casa Aguilhões e
escolhos surgem, multiplicam-se e estás a ponto de desistir.
Mesmo assim, cultiva a alegria.
Sorri ante a dadivosa oportunidade de ascender em
espírito, quando outros estacionam ou decaem.
Exulta por dispores do tesouro que é a oportunidade
feliz de não apenas te libertares das dívidas como também granjeares títulos de
enobrecimento interior.
Rejubila-te com a honra de liberar-te quando outros se
comprometem.
Triunfos e lauréis são antes responsabilidades e
empréstimos de que somente poucos, quase raros espíritos conseguem
desincumbir-se sem
gravames ou insucessos dolorosos.
O sol que oscula a fonte e rocia a pétala da rosa é o
mesmo que aquece o charco e o transforma, em nome do Nosso Pai, como a
dizer-nos que o Seu amor nos chega sempre em qualquer situação e lugar em que
nos encontremos.
Recorda a promessa de Jesus de voltar a encontrar-se
contigo, dando-te a alegria que ninguém poderá tomar.
Cultiva, assim, a alegria, que independe das coisas de
fora, mas que nasce na fonte cantante e abençoada do solo do coração e verte
linfa abundante como rio de paz, por todos os dias até a hora da libertação —
começo feliz da via por onde seguirás na busca da ventura plena.
Convites da Vida
Divaldo P. Franco
Joana de Ângelis