“Amado,
não sigas o mal, mas o bem. Quem
faz o bem,
é de Deus; mas quem faz o mal, não
tem visto
a Deus.” (III João, 1:11)
A sociedade humana não deveria operar a divisão de si própria, como
sendo um campo em que se separam bons e maus, mas sim viver qual grande família
em que se integram os espíritos que começam a compreender o Pai e os que ainda
não conseguiram pressenti-Lo.
Claro que as palavras “maldade” e “perversidade” ainda comparecerão, por
vastíssimos anos, no dicionário terrestre, definindo certas atitudes mentais
inferiores; todavia, é forçoso convir que a questão do mal vai obtendo novas
interpretações na inteligência humana.
O evangelista apresenta conceito justo. João não nos diz que o perverso
está exilado de nosso Pai, nem que se conserva ausente da Criação. Apenas
afirma que “não tem visto a Deus”.
Isto não significa que devamos cruzar os braços, ante as ervas venenosas
e zonas pestilenciais do caminho; todavia, obriga-nos a recordar que um
lavrador não retira espinheiros e detritos do solo, a fim de convertê-lo em
precipícios.
Muita gente acredita que o “homem caído” é alguém que deve ser
aniquilado. Jesus, no entanto, não adotou essa diretriz.
Dirigindo-se, amorosamente, ao pecador, sabia-se, antes de tudo,
defrontado por enfermo infeliz, a quem não se poderia subtrair as
características de eternidade.
Lute-se contra o crime, mas ampare-se a criatura que se lhe enredou nas
malhas tenebrosas.
O Mestre indicou o combate constante contra o mal, contudo, aguarda a
fraternidade legítima entre os homens por marco sublime do Reino Celeste.
Emmanuel/Chico Xavier
Livro: Pão Nosso