sexta-feira, 30 de junho de 2017

NA ESFERA DA LÍNGUA





“Quem quer amar a vida e ver os dias felizes,
refreie a sua língua do mal...”
Pedro. (I PEDRO, 3:10.)


Reflete no bem que esperas na palavra dos outros, para que a tua palavra não se converta em agente do mal.

Necessitando desse ou daquele concurso, agradeces ao companheiro que te endossa as solicitações com apontamentos de simpatia.

No instante do erro, quando muitos te malsinam a invigilância, assinalas, feliz, a frase de entendimento do irmão que te justifica ou desculpa.

De Espírito desarvorado, ante as provas que chegam em monte, na luta de cada dia, consideras por recurso do Céu a indicação generosa daqueles que te induzem à paciência.

De coração obrigado a atitudes constrangedoras, observas que a ansiedade se te alivia, perante a referência confortadora dos que te ofertam apoio e compreensão.

Entre dificuldades amargas, diante da queixa ou da desesperação que te escampam da boca, bendizes o amparo de quantos te acalmam, usando notas de tolerância.

Sempre que estiveres a ponto de complicar os problemas ou azedar o ânimo de alguém, através da palavra, lembra o auxílio verbal de que precisas, por intermédio dos semelhantes.

Se aspiramos a desfrutar os tesouros da vida e do tempo, apliquemos a regra áurea, na esfera de nossa língua.

Insuflemos nos ouvidos alheios a tranquilidade que ambicionamos e falemos dos outros aquilo que desejamos que os outros falem de nós.



Francisco Cândido Xavier por Emmanuel.
In: Palavras de Vida Eterna

quinta-feira, 29 de junho de 2017

COMPAIXÃO EM FAMÍLIA





"Mas se alguém não tem cuidado dos
seus e, principalmente dos da sua família,
negou a fé ..." Paulo. (I Timóteo, 5:8. )


São muitos assim,

Descarregam primorosa mensagem nas assembleias, exortando o povo à compaixão; bordam conceitos e citações, a fim de que a brandura seja lembrada; Entretanto, no instituto doméstico, são carrascos de sorriso na boca.

Traçam páginas de subido valor, em honra da virtude, comovendo multidões; mas não gravam a mínima gentileza nos corações que os cercam entre as paredes familiares.

Promovem subscrições de auxílio público, em socorro das vítimas de calamidades ocorridas em outros continentes, transformando-se em titulares da grande benemerência; contudo, negam simples olhar de carinho ao servidor que lhes pões a mesa.

Incitam a comunidade aos rasgos de heroísmo econômico, no levantamento de albergues e hospitais, disputando créditos publicitários em torno do próprio nome; entretanto, não hesitam exportar, no rumo do asilo, o avô menos feliz que a provação expões à caducidade.

Não seremos nós quem lhes vá censurar semelhante procedimento.

Toda migalha de amor está registrada na lei, em favor de quem a emite.

Mais vale fazer bem aos que vivem longe, que não fazer bem algum.

Ajudemos, sim, ajudemos aos outros, quanto nos seja possível; entretanto, sejamos igualmente bons para com aqueles que respiram em nosso hálito. Devedores de muitos séculos, temos em casa, no trabalho, no caminho, no ideal ou na parentela, as nossas principais testemunhas de quitação.




Francisco Cândido Xavier por Emmanuel.
In: Palavras de Vida Eterna

quarta-feira, 28 de junho de 2017

POLÍTICA DIVINA





“Eu, porém, entre vós, sou como aquele
que serve.” – Jesus. (Lucas, 22:27)


O discípulo sincero do Evangelho não necessita respirar o clima da política administrativa do mundo para cumprir o ministério que lhe é cometido.

O Governador da Terra, entre nós, para atender aos objetivos da política do amor, representou, antes de tudo, os interesses de Deus junto do coração humano, sem necessidade de portarias e decretos, respeitáveis embora.

Administrou servindo, elevou os demais, humilhando a si mesmo.

Não vestiu o traje do sacerdote, nem a toga do magistrado.

Amou profundamente os semelhantes e, nessa tarefa sublime, testemunhou a sua grandeza celestial.

Que seria das organizações cristãs, se o apostolado que lhes diz respeito estivesse subordinado a reis e ministros, câmaras e parlamentos transitórios?

Se desejas penetrar, efetivamente, o templo da verdade e da fé viva, da paz e do amor, com Jesus, não olvides as plataformas do Evangelho Redentor.

Ama a Deus sobre todas as coisas, com todo o teu coração e entendimento.

Ama o próximo como a ti mesmo.

Cessa o egoísmo da animalidade primitiva.

Faze o bem aos que te fazem mal.

Abençoa os que te perseguem e caluniam.

Ora pela paz dos que te ferem.

Bendize os que te contrariam o coração inclinado ao passado inferior.

Reparte as alegrias de teu espírito e os dons de tua vida com os menos afortunados e mais pobres do caminho.

Dissipa as trevas, fazendo brilhar a tua luz.

Revela o amor que acalma as tempestades do ódio.

Mantém viva a chama da esperança, onde sopra o frio do desalento.

Levanta os caídos.

Sê a muleta benfeitora dos que se arrastam sob aleijões morais.

Combate a ignorância, acendendo lâmpadas de auxílio fraterno, sem golpes de crítica e sem gritos de condenação.

Ama, compreende e perdoa sempre.

Dependerás, acaso, de decretos humanos para meter mãos à obra?

Lembra-te, meu amigo, de que os administradores do mundo são, na maioria das vezes, veneráveis prepostos da Sabedoria Imortal, amparando os potenciais econômicos, passageiros e perecíveis do mundo; todavia, não te esqueças das recomendações traçadas no Código da Vida Eterna, na execução das quais devemos edificar o Reino Divino, dentro de nós mesmos.



Livro: Vinha de Luz. Francisco C. Xavier por Emmanuel

terça-feira, 27 de junho de 2017

CRISES




“Pai, salva-me desta hora; mas
para isto vim a esta hora.”
– Jesus. (João. 12:27)


A lição de Jesus, neste passo do Evangelho, é das mais expressivas.

Ia o Mestre provar o abandono dos entes amados, a ingratidão de beneficiários da véspera, a ironia da multidão, o apodo na via pública, o suplício e a cruz, mas sabia que ali se encontrava para isto, consoante os desígnios do Eterno.

Pede a proteção do Pai e submete-se na condição do filho fiel.

Examina a gravidade da hora em curso, todavia, reconhece a necessidade do testemunho.

E todas as vidas na Terra experimentarão os mesmos trâmites na escala infinita das experiências necessárias.

Todos os seres e coisas se preparam, considerando as crises que virão. 

É a crise que decide o futuro.

A terra aguarda a charrua.

O minério será remetido ao cadinho.

A árvore sofrerá a poda.

O verme será submetido à luz solar.

A ave defrontará com a tormenta.

A ovelha esperará a tosquia.

O homem será conduzido à luta.

O cristão conhecerá testemunhos sucessivos.

É por isso que vemos, no serviço divino do Mestre, a crise da cruz que se fez acompanhar pela bênção eterna da Ressurreição.

Quando pois te encontrares em luta imensa, recorda que o Senhor te conduziu a semelhante posição de sacrifício, considerando a probabilidade de tua exaltação, e não te esqueças de que toda crise é fonte sublime de espírito renovador para os que sabem ter esperança.



Livro: Vinha de Luz. Francisco C. Xavier por Emmanuel

NAS PALAVRAS

“Irmãos, não vos queixeis uns dos outros, para não serdes julgados...” (TIAGO, 5:9)   Mergulhar o divino dom da palavra no v...