“Mas se tendes amarga inveja e sentimento
faccioso, em vosso coração, não vos
glorieis nem mintais contra a verdade.”
(Tiago, 3:14.)
Toda escola religiosa apresenta valores inconfundíveis ao homem
de boa-vontade.
Não obstante os abusos do sacerdócio, a exploração inferior do
elemento humano e as fantasias do culto exterior, o coração sincero
beneficiar-se-á amplamente, na fonte da fé, iluminando-se para encontrar a
Consciência Divina em si mesmo.
Mas em todo instituto religioso, propriamente humano, há que
evitar um perigo - o sentimento faccioso, que adia, indefinidamente, as mais
sublimes edificações espirituais.
Católicos, protestantes, espiritistas, todos eles se movimentam,
ameaçados pelo monstro da separação, como se o pensamento religioso traduzisse
fermento da discórdia.
Infelizmente, é muito grande o número de orientadores encarnados
que se deixam dominar por suas garras perturbadoras. Espessos obstáculos
impedem a visão da maioria.
Querem todos que Deus lhes pertença, mas não cogitam de
pertencer a Deus.
Que todo aprendiz do Cristo esteja preparado a resistir ao mal;
é imprescindível, porém, que compreenda a paternidade divina por sagrada
herança de todas as criaturas, reconhecendo que, na Casa do Pai, a única diferença
entre os homens é a que se mede pelo esforço nobre de cada um.
Livro:
Vinha de Luz. Francisco C. Xavier por Emmanuel