terça-feira, 30 de maio de 2017

FACCIOSISMO





“Mas se tendes amarga inveja e sentimento
faccioso, em vosso coração, não vos
glorieis nem mintais contra a verdade.”
(Tiago, 3:14.)


Toda escola religiosa apresenta valores inconfundíveis ao homem de boa-vontade.

Não obstante os abusos do sacerdócio, a exploração inferior do elemento humano e as fantasias do culto exterior, o coração sincero beneficiar-se-á amplamente, na fonte da fé, iluminando-se para encontrar a Consciência Divina em si mesmo.

Mas em todo instituto religioso, propriamente humano, há que evitar um perigo - o sentimento faccioso, que adia, indefinidamente, as mais sublimes edificações espirituais.

Católicos, protestantes, espiritistas, todos eles se movimentam, ameaçados pelo monstro da separação, como se o pensamento religioso traduzisse fermento da discórdia.

Infelizmente, é muito grande o número de orientadores encarnados que se deixam dominar por suas garras perturbadoras. Espessos obstáculos impedem a visão da maioria.

Querem todos que Deus lhes pertença, mas não cogitam de pertencer a Deus.

Que todo aprendiz do Cristo esteja preparado a resistir ao mal; é imprescindível, porém, que compreenda a paternidade divina por sagrada herança de todas as criaturas, reconhecendo que, na Casa do Pai, a única diferença entre os homens é a que se mede pelo esforço nobre de cada um.


Livro: Vinha de Luz. Francisco C. Xavier por Emmanuel

segunda-feira, 29 de maio de 2017

QUE PEDES?





“Louco, esta noite te pedirão a tua alma.”
– Jesus. (Lucas, 12:20.)

Que pedes à vida, amigo?
Os ambiciosos reclamam reservas de milhões.
Os egoístas exigem todas as satisfações para si somente.
Os arbitrários solicitam atenção exclusiva aos caprichos que lhes são próprios.
Os vaidosos reclamam louvores.
Os invejosos exigem compensações que lhes não cabem.
Os despeitados solicitam considerações indébitas.
Os ociosos pedem prosperidade sem esforço.
Os tolos reclamam divertimentos sem preocupação de serviço.
Os revoltados reclamam direitos sem deveres.
Os extravagantes exigem saúde sem cuidados.
Os impacientes aguardam realizações sem bases.
Os insaciáveis pedem todos os bens, olvidando as necessidades dos outros.
Essencialmente considerando, porém, tudo isto é verdadeira loucura, tudo fantasia do coração que se atirou exclusivamente à posse efêmera das coisas mutáveis.
Vigia, assim, cautelosamente, o plano de teus desejos.
Que pedes à vida?
Não te esqueças de que, talvez nesta noite, pedirá o Senhor a tua alma.


Vinha de Luz. Francisco Cândido Xavier por Emmanuel

sexta-feira, 26 de maio de 2017

VÊ, POIS






“Vê, pois, que a luz que há em
ti não sejam trevas.”
– Jesus. (Lucas, 11:35.)


Há ciência e há sabedoria, inteligência e conhecimento, intelectualidade e luz espiritual.

Geralmente, todo homem de raciocínio fácil é interpretado à conta de mais sábio, no entanto, há que distinguir.

O homem não possui ainda qualidades para registrar a verdadeira luz. Daí, a necessidade de prudência e vigilância.

Em todos os lugares, há industriosos e entendidos, conhecedores e psicólogos. Muitas vezes, porém, não passam de oportunistas prontos para o golpe do interesse inferior.

Quantos escrevem livros abomináveis, espalhando veneno nos corações? Quantos se aproveitam do rótulo da própria caridade visando extrair vantagens à ambição?

Não bastam o engenho e a habilidade. Não satisfaz a simples visão psicológica. É preciso luz divina.

Há homens que, num instante, apreendem toda a extensão dum campo, conhecem-lhe a terra, identificam-lhe o valor. Há, todavia, poucos homens que se apercebem de tudo isso e se disponham a suar por ele, amando-o antes de explorá-lo, dando-lhe compreensão antes da exigência.

Nem sempre a luz reside onde a opinião comum pretende observá-la.
Sagacidade não chega a ser elevação e o poder expressivo apenas é respeitável e sagrado quando se torna ação construtiva com a luz divina.
Raciocina, pois, sobre a própria vida.

Vê, com clareza, se a pretensa claridade que há em ti não é sombra de cegueira espiritual.



Vinha de Luz. Francisco C. Xavier por Emmanuel

quinta-feira, 25 de maio de 2017

EM NOSSA LUTA





“Segundo o poder que o Senhor me deu
para edificação, e não para destruição.”
– Paulo. (II Coríntios, 13:10.)


Em nossa luta diária, tenhamos suficiente cuidado no uso dos poderes que nos foram emprestados pelo Senhor.

A ideia de destruição assalta-nos a mente em ocasiões incontáveis.

Associações de forças menos esclarecidas no bem e na verdade?

Somos tentados a movimentar processos de aniquilamento.

Companheiros menos desejáveis nos trabalhos de cada dia?

Intentamos abandoná-los de vez.

Cooperadores endurecidos?

Deixá-los ao desamparo.

Manifestações apaixonadas, em desacordo com os imperativos da prudência evangélica?

Nossos ímpetos iniciais resumem-se a propósitos de sufocação violenta.

Algo que nos contrarie as ideias e os programas pessoais?

Nossa intolerância cristalizada reclama destruição.

Entretanto, qual a finalidade dos poderes que repousam em nossas mãos, em nome do Divino Doador?

Responde-nos Paulo de Tarso, com muita propriedade, esclarecendo-nos que recebeu faculdades do Senhor para edificar e não para destruir.

Não estamos na obra do mundo para aniquilar o que é imperfeito, mas para completar o que se encontra inacabado.

Renovemos para o bem, transformemos para a luz.

O Supremo Pai não nos concede poderes para disseminarmos a morte.

Nossa missão é de amor infatigável para a Vida Abundante.




Vinha de Luz. Francisco C. Xavier por Emmanuel.

PONDERA SEMPRE

  "E o que de mim, diante de muitas testemunhas, ouviste, confia-o a homens fiéis, que sejam idôneos para também ensinarem a outros...