quinta-feira, 31 de maio de 2018

DESCULPA SEMPRE




“Se perdoardes aos homens as suas
ofensas, também vosso Pai Celestial vos
perdoará.” – Jesus. (Mateus, 6:14)

Por mais graves te pareçam as faltas do próximo, não te detenhas na reprovação.
Condenar é cristalizar as trevas, opondo barreiras ao serviço da luz.
Procura nas vítimas da maldade algum bem com que possas soerguê-las, assim como a vida opera o milagre do reverdecimento nas árvores aparentemente mortas.
Antes de tudo, lembra quão difícil é julgar as decisões de criaturas em experiências que divergem da nossa!
Como refletir, apropriando-nos da consciência alheia, e como sentir a realidade, usando um coração que não nos pertence?
Se o mundo, hoje, grita alarmado, em derredor de teus passos, faze silêncio e espera...
A observação justa é impraticável quando a neblina nos cerca.
Amanhã, quando o equilíbrio for restaurado, conseguirás suficiente clareza para que a sombra te não altere o entendimento.
Além disso, nos problemas de crítica, não te suponhas isento dela.
Através da nociva complacência para contigo mesmo, não percebes quantas vezes te mostras menos simpático aos semelhantes!
Se há quem nos ame as qualidades louváveis, há quem nos destaque as cicatrizes e os defeitos.
Se há quem ajude, exaltando-nos o porvir luminoso, há quem nos perturbe, constrangendo-nos à revisão do passado escuro.
Usa, pois, a bondade, e desculpa incessantemente.
Ensina-nos a Boa Nova que o Amor cobre a multidão dos pecados.
Quem perdoa, esquecendo o mal e avivando o bem, recebe do Pai Celestial, na simpatia e na cooperação do próximo, o alvará da libertação de si mesmo, habilitando-se a sublimes renovações.


Fonte Viva. Francisco C. Xavier por Emmanuel

quarta-feira, 30 de maio de 2018

BUSQUEMOS O EQUILÍBRIO




“Aquele que diz permanecer nele, deve
também andar como ele andou.”
– João. (1ª Epístola de João, 2:6)

Embora devas caminhar sem medo, não te cases à imprudência, a pretexto de cultivar desassombro.
Se nos devotamos ao Evangelho, procuremos agir segundo os padrões do Divino Mestre, que nunca apresentam lugar à temeridade.
Jesus salienta o imperativo da edificação do Reino de Deus, mas não sacrifica os interesses dos outros em obras precipitadas.
Aconselha a sinceridade do “sim, sim – não, não”, entretanto, não se confia à rudeza contundente.
Destaca as ruínas morais do farisaísmo dogmático, todavia, rende culto à Lei de Moisés.
Reergue Lázaro do sepulcro, contudo, não alimenta a pretensão de furtá-lo, em definitivo, à morte do corpo.
Consciente do poder de que se acha investido, não menospreza a autoridade política que deve reger as necessidades do povo e ensina que se deve dar “a César o que é de César e a Deus o que é de Deus”.
Preso e sentenciado ao suplício, não se perde em bravatas labiais, não obstante reconhecer o devotamento com que é seguido pelas entidades angélicas.
Atendamos ao Modelo Divino que não devemos esquecer, desempenhando a nossa tarefa, com lealdade e coragem, mas evitemos o arrojo desnecessário, que vale por leviandade perigosa.
Um coração medroso congela o trabalho.
Um coração temerário incendeia qualquer serviço, arrasando-o.
Busquemos, pois, o equilíbrio com Jesus e fugiremos, naturalmente, ao extremismo, que é sempre o escuro sinal da desarmonia ou da violência, da perturbação ou da morte.



Fonte Viva. Francisco C. Xavier por Emmanuel


terça-feira, 29 de maio de 2018

TENDO MEDO




“E, tendo medo, escondi na terra o teu
talento.” – (Mateus, 25:25)

Na parábola dos talentos, o servo negligente atribui ao medo a causa do insucesso em que se infelicita.
Recebera mais reduzidas possibilidades de ganho.
Contara apenas com um talento e temera lutar para valorizá-lo.
Quanto aconteceu ao servidor invigilante da narrativa evangélica, há muitas pessoas que se acusam pobres de recursos para transitar no mundo como desejariam. E recolhem-se à ociosidade, alegando o medo da ação.
Medo de trabalhar;
medo de servir;
medo de fazer amigos;
medo de desapontar;
medo de sofrer;
medo da incompreensão;
medo da alegria;
medo da dor.
E alcançam o fim do corpo, como sensitivas humanas, sem o mínimo esforço para enriquecer a existência.
Na vida, agarram-se ao medo da morte.
Na morte, confessam o medo da vida.
E, a pretexto de serem menos favorecidos pelo destino, transformam-se, gradativamente, em campeões da inutilidade e da preguiça.
Se recebeste, pois, mais rude tarefa no mundo, não te atemorizes à frente dos outros e faze dela o teu caminho de progresso e renovação. Por mais sombria seja a estrada a que foste conduzido pelas circunstâncias, enriquece-a com a luz do teu esforço no bem, porque o medo não serviu como justificativa aceitável no acerto de contas entre o servo e o Senhor.



Fonte Viva. Francisco C. Xavier por Emmanuel



sexta-feira, 25 de maio de 2018

NO CAMPO SOCIAL




Ele respondeu e disse-lhes:
– Dai-lhes vós de comer...” – (Marcos, 6:37)

Diante da multidão fatigada e faminta, Jesus recomenda aos apóstolos: – “Dai-lhes vós de comer.”
A observação do Mestre é importante, quando realmente poderia ele induzi-los a recriminar a multidão pela imprudência de uma jornada exaustiva até o monte, sem a garantia do farnel.
O Mestre desejou, porém, gravar no espírito dos aprendizes a consagração deles ao serviço popular. Ensinou que aos cooperadores do Evangelho, perante a turba necessitada, compete tão-somente um dever – o da prestação de auxílio desinteressado e fraternal.
Naquela hora do ensinamento inesquecível, a fome era naturalmente do corpo, vencido de cansaço, mas, ainda e sempre, vemos a multidão carecente de amparo, dominada pela fome de luz e de harmonia, vergastada pelos invisíveis azorragues da discórdia e da incompreensão.
Os colaboradores de Jesus são chamados, não a obscurecê-la com o pessimismo, não a perturbá-la com a indisciplina ou a imobilizá-la com o desânimo, mas sim a nutri-la de esclarecimento e paz, fortaleza moral e sublime esperança.
Se te encontras diante do povo, com o anseio de ajudá-lo, se te propões contribuir na regeneração do campo social, não te percas em pregações de rebelião e desespero. Conserva a serenidade e alimenta o próximo com o teu bom exemplo e com a tua boa palavra.
Não olvides a recomendação do Senhor: – “Dai-lhes vós de comer.”



Fonte Viva. Francisco C. Xavier por Emmanuel

quinta-feira, 24 de maio de 2018

NA ESFERA ÍNTIMA




“Cada um administre aos outros o dom
como o recebeu, como bons dispensadores
da multiforme graça de Deus.”
– Pedro. (1ª Epístola de Pedro, 4:10)


A vida é máquina divina da qual todos os seres são peças importantes, e a cooperação é o fator essencial na produção da harmonia e do bem para todos.
Nada existe sem significação.
Ninguém é inútil.
Cada criatura recebeu determinado talento da Providência Divina para servir no mundo e para receber do mundo o salário da elevação.
Velho ou moço, com saúde do corpo ou sem ela, recorda que é necessário movimentar o dom que recebeste do Senhor, para avançares na direção da Grande Luz.
Ninguém é tão pobre que nada possa dar de si mesmo.
O próprio paralítico, atado ao catre da enfermidade, pode fornecer aos outros a paciência e a calma, em forma de paz e resignação.
Não olvides, pois, o trabalho que o Céu te conferiu e foge à preocupação de interferir na tarefa do próximo, a pretexto de ajudar.
Quem cumpre o dever que lhe é próprio, age naturalmente a benefício do equilíbrio geral.
Muitas vezes, acreditando fazer mais corretamente que os outros o serviço que lhes compete, não somos senão agentes de desarmonia e perturbação.
Onde estivermos, atendamos com diligência e nobreza à missão que a vida nos oferece.
Lembra-te de que as horas são as mesmas para todos e de que o tempo é o nosso silencioso e inflexível julgador.
Ontem, hoje e amanhã são três fases do caminho único.
Todo dia é ocasião de semear e colher.
Observemos, assim, a tarefa que nos cabe e recordemos a palavra do Evangelho:
– “Cada um administre aos outros o dom como o recebeu, como bons dispensadores da multiforme graça de Deus”, para que a graça de Deus nos enriqueça de novas graças.
  


Fonte Viva. Francisco C. Xavier por Emmanuel



quarta-feira, 23 de maio de 2018

GUARDA A PACIÊNCIA




“Porque necessitais de paciência, para que,
depois de haverdes feito a Vontade de
Deus, possais alcançar a promessa.”
– Paulo. (Hebreus, 10:36)

Provavelmente estarás retendo, há muito tempo, a esperança torturada.
Desejarias que a resposta do mundo aos teus anseios surgisse, imediata, agasalhando-te o coração; entretanto, que paz desfrutarias no triunfo aparente dos próprios sonhos, sem resgatares os débitos que te encadeiam ao problema e à dificuldade?
Como repousar, ante a exigência do credor que nos requisita?
Descansará o delinquente antes da justa reparação à falta cometida?
Sabes que o destino materializar-te-á os planos de ventura, que a vitória te coroará, enfim, a senda de luta, mas reconheces-te preso ao círculo de certas obrigações.
O lar convertido em forja de angústia...
A instituição a que serves, onde sofres a intromissão da calúnia ou o golpe da crueldade...
O parente a quem deves respeito e carinho, do qual recolhes menosprezo e ingratidão...
A rede dos obstáculos...
A conspiração das sombras...
A perseguição gratuita, a enfermidade do corpo, a imposição do ambiente...
Se as provas te encarceram nas grades constringentes do dever a cumprir, tem paciência e satisfaze as obrigações a que te enlaçaste!...
Não renuncies ao trabalho renovador!
Recorda que a Vontade de Deus se expressa, cada hora, nas circunstâncias que nos cercam!
Paguemos nossas contas com a sombra, para que a Luz nos favoreça!
Em verdade, alcançaremos a concretização dos nossos projetos de felicidade, mas, antes disso, é necessário liquidar com paciência as dívidas que contraímos perante a Lei.



Fonte Viva. Francisco C. Xavier por Emmanuel


terça-feira, 22 de maio de 2018

NÃO REJEITES A CONFIANÇA




“Não rejeiteis, pois, a vossa confiança,
que tem grande e avultado galardão.”
– Paulo. (Hebreus, 10:35)

Não lances fora a confiança que te alimenta o coração.
Muitas vezes, o progresso aparente dos ímpios desencoraja o fervor das almas tíbias.
A virtude vacilante recua ante o vício que parece vitorioso.
Confrange-se o crente frágil, perante o malfeitor que se destaca, aureolado de louros.
Todavia, se aceitamos Jesus por nosso Divino Mestre, é preciso receber o mundo por nosso educandário.
E a escola nos revela que a romagem carnal é simples estágio do espírito no campo imenso da vida.
Todos os séculos tiveram soberanos dominadores.
Muitos se erigiram em pedestais de ouro e poder, ao preço do sangue e das lágrimas dos seus contemporâneos.
Muitos ganharam batalhas de ódio.
Outros monopolizaram o pão.
Alguns comandaram a vida política.
Outros adquiriram o temor popular.
Entretanto, passaram todos... Por prêmio terrestre às laboriosas empresas a que se consagraram, receberam apenas o sepulcro faustoso em que sobressaem na casa fria da morte.
Não rejeites a fé porque a passagem educativa pela Terra te imponha à visão aflitivos quadros no jogo das convenções humanas.
Lembra-te da imortalidade – nossa divina herança!
Por onde fores, conduze tua alma como fonte preciosa de compreensão e serviço! Onde estiveres, sê generoso, otimista e diligente no bem!
A carne é apenas tua veste.
Luta e aprimora-te, trabalha e realiza com o Cristo, e aguarda, confiante, o futuro, na certeza de que a vida de hoje te espera, sempre justiceira, amanhã.



Fonte Viva. Francisco C. Xavier por Emmanuel

segunda-feira, 21 de maio de 2018

AJUDAMOS SEMPRE




“E quem é o meu próximo?” – (Lucas, 10:29)


O próximo a quem precisamos prestar imediata assistência é sempre a pessoa que se encontra mais perto de nós.
Em suma, é, por todos os modos, a criatura que se avizinha de nossos passos. E como a Lei Divina recomenda amemos o próximo como a nós mesmos, preparemo-nos para ajudar, infinitamente...
Se temos pela frente um familiar, auxiliemo-lo com a nossa cooperação ativa.
Se somos defrontados por um superior hierárquico, exercitemos o respeito e a boa-vontade.
Se um subordinado nos procura, ajudemo-lo com atenção e carinho.
Se um malfeitor nos visita, pratiquemos a fraternidade, tentando, sem afetação, abrir-lhe rumos novos na direção do bem.
Se o doente nos pede socorro, compadeçamo-nos de sua posição, qualquer que ela seja.
Se o bom se socorre de nossa palavra, estimulemo-lo a que se faça melhor.
Se o mau nos busca a influência, amparemo-lo, sem alarde, para que se corrija.
Se há Cristianismo em nossa consciência, o cultivo sistemático da compreensão e da bondade tem força de lei em nossos destinos.
Um cristão sem atividade no bem é um doente de mau aspecto, pesando na economia da coletividade.
No Evangelho, a posição neutra significa menor esforço.
Com Jesus, de perto, agindo intensivamente junto dele; ou com Jesus, de longe, retardando o avanço da luz. E sabemos que o Divino Mestre amou e amparou, lutou em favor da luz e resistiu à sombra, até à cruz.
Diante, pois, do próximo, que se acerca do teu coração, cada dia, lembra-te sempre de que estás situado na Terra para aprender e auxiliar.


Fonte Viva. Francisco C. Xavier por Emmanuel

NAS PALAVRAS

“Irmãos, não vos queixeis uns dos outros, para não serdes julgados...” (TIAGO, 5:9)   Mergulhar o divino dom da palavra no v...