terça-feira, 30 de abril de 2013

EM VIAGEM




            Distribuir, por onde viajar, exortações de alegria e esperança com quantos lhe partilhem o itinerário.
            O verdadeiro espírita jamais perde oportunidade de fazer o bem.
*
            Tratar generosamente os companheiros do caminho.
A qualidade da fé que alimentamos transparece de toda ação.
            Ceder, dentro das possibilidades naturais, as melhores posições nas viaturas aos companheiros mais necessitados.
            Um gesto simples define uma causa.
*
            Sem esquecer os próprios objetivos, prever com estudo judicioso e minudente os percalços e as metas da viagem.
            A previdência exprime vigilância.
*
            Nas aproximações afetivas, comuns àqueles que viajam, fixar demonstrações de otimismo para que a tristeza não prejudique a obra da confiança.
            O otimismo gera paz e simpatia.
*
            Na atenção devida aos companheiros, cuidar com estima e apreço de todas as encomendas, recados e notícias de que seja portador.
            O intercâmbio amigo destrói o insulamento.
*
            Não se esquecer do respeito, da gentileza e da cordialidade com que se devem tratar  indistintamente funcionários e servidores em veículos, hotéis, repartições e lugares públicos.
            Aquele que anda, imprime sinais por onde passa.

(De “Conduta Espírita”, de Waldo Vieira, pelo Espírito André Luiz)

segunda-feira, 29 de abril de 2013

SE SOUBESSES...




        Se soubesses quão venenoso é o conteúdo de fel a tisnar o cálice da aversão, decerto compreenderias que todo golpe de crueldade não é senão desafio à tua capacidade de entendimento.
*
        Se soubesses a trama de sombra que freme, perturbadora, em torno da palavra infeliz que proferes, na crítica à luta alheia, preferirias amargar no silêncio as feridas de tua mágoa, esperando que o tempo lhes ofereça a necessária medicação.
*
        Se soubesses a quantidade dos crimes, oriundos da revolta e da queixa, escolherias padecer toda sorte de sofrimento antes que reclamar consideração e justiça em teu próprio favor.
*
        Se soubesses a multidão de males que  a vingança provoca, esquecerias sem custo os braseiros de dor que a calúnia te arremessa à existência.
*
        Lembra-te de que o ódio é o grande fornecedor das prisões e de que a cólera é responsável pela maior parte das moléstias que infelicitam a vida e guarda o coração na grande serenidade, se te propões conservar em ti mesmo o tesouro da paz e a bênção da segurança.
*
        Ainda mesmo que alguém te ameace com o gládio da morte, desculpa e segue adiante, porque as vítimas ajustadas aos marcos do Bem Eterno elevam-se de nível, enquanto que os ofensores, ainda mesmo os aparentemente mais dignos, descem aos precipícios do tempo para o acerto reparador.
*
        De qualquer modo, se a aflição te procura, cala e perdoa sempre, porque se o Mestre nos exortou ao amor pelos inimigos, também nos advertiu que a mão erguida à delinquência da espada, agora, hoje ou amanhã, na espada fenecerá.


(De “Alma e Luz”, de Francisco Cândido Xavier, pelo Espírito Emmanuel)

sexta-feira, 26 de abril de 2013

ORAÇÃO REFAZENTE




...Almas da Terra!
          Quando o fragor das inquietações estiver a ponto de estraçalhar-vos; se nas encruzilhadas não souberdes o caminho a seguir e todas as rotas vos parecerem acesso a abismos; quando insuportável desesperação vos houver arrastado a conclusões infelizes que vos pareçam ser a única solução; quando os infortúnios, em vos excruciando, tenderem a tornar-vos indiferentes ao próprio sofrimento — tendes o veículo da oração e dispondes do acesso à meditação remediadora! Talvez não vos sejam supressos os problemas, nem afastadas as dificuldades. No entanto, dilatareis a visão, para melhor e mais apurado discernimento; lobrigareis mais ampla compreensão da vida e das suas legítimas realidades; experimentareis a presença de forças ignotas, que vos penetrarão, vitalizando-vos; elevar-vos-eis a zonas psíquicas relevantes, donde volvereis saturados de paz, com possibilidades de prosseguirdes, não obstante quaisquer difíceis conjunturas existentes ou por existirem. Porque a prece apazigua e a meditação refaz; a oração eleva, enquanto a reflexão sustenta; o pensamento nobre, comungando com Deus, em Deus haure a vida, e dialogando, em conúbio de amor, extravasa as impurezas e se impregna com as sublimes vibrações da afetividade, que se converte em força dinâmica, para sustentar as combalidas potencialidades que, então, se soerguem e não mais desfalecem.
          Não vos arrojeis desastradamente nas valas da ira irrefreável ou nas vagas da insensatez. Antes que vos assaltem os demônios do crime, erguei-vos do caos, pensando e orando.
          Há ouvidos atentos que captarão vossos apelos e cérebros poderosos que emitirão mensagens-respostas, que não deveis desconsiderar.
          Amores que vos precederam no além-túmulo vigiam e esperam por vós, amam e aguardam receptividade.
          Não vos enganeis, nem vos desespereis vãmente. Tende tento! Falai ao Pai na prece calma e silenciai para O ouvirdes, através da inspiração clarificadora.
          Nada exijais. Quem ora, não impõe. Orar é abrir a alma, externar estados íntimos, refugiar-se na divina sabedoria, a fim de abastecer-se de entendimento, penetrando-se de saúde interior...
          E quando retornardes da incursão pela prece, exultai, apagando as sombrias expressões anteriores, superando as marcas das crises sofridas e espargindo alegrias, em nome da esperança que habitará em vós.
          Trabalhando pelo bem, o homem ora.
          Orando, na aflição ou na alegria, o homem trabalha. E orando conseguirá vencer toda tentação, integrar-se com plenitude no espírito da vida, que flui da Vida Abundante, com forças superiores para trabalhar e vencer...

(Sublime Expiação, Victor Hugo – Ed. FEB, 7ª ed., 1992, pag. 145)
(Fonte: “A prece segundo os Espíritos — coletânea mediúnica ilustrada – Divaldo Pereira Franco – Diversos Espíritos – Org. por Washington Luiz Nogueira Fernandes)

quinta-feira, 25 de abril de 2013

LUZ EM NOSSAS MÃOS!




 "Interrogado pelos fariseus sobre quando viria
o reino de Deus, Jesus lhes respondeu:
Não vem o reino de Deus com aparências
exteriores". (Lucas, 17:20)

    A Terra de hoje reúne povos de vanguarda na esfera da inteligência.
    Cidades enormes são usadas, a feição de ninhos gigantescos de cimento e aço, por agrupamentos de milhões de pessoas.
    A energia elétrica assegura a circulação da força necessária à manutenção do trabalho e do conforto doméstico.
    A Ciência garante a higiene.
    O automóvel ganha tempo e encurta distâncias.
    A imprensa e a radiotelevisão interligam milhares de criaturas, num só instante, na mesma faixa de pensamento.
    A escola abrilhanta o cérebro.
    A técnica orienta a indústria.
    Os institutos sociais patrocinam os assuntos de previdência e segurança.
    O comércio, sabiamente dirigido, atende ao consumo com precisão.
    Entretanto, estaremos diante de civilização impecável?
    À frente desses empórios resplendentes de cultura e progresso material, recordemos a palavra dos instrutores de Allan Kardec,
nas bases da Codificação do Espiritismo.
    Perguntando a eles "por que indícios se pode reconhecer uma civilização completa", através da Questão número 793, constante
de "O Livro dos Espíritos", deles recolheu a seguinte resposta:
    "Reconhecê-la-eis pelo desenvolvimento moral. Credes que estais muito adiantados porque tendes feito grandes descobertas e
obtido maravilhosas invenções; porque vos alojais e vestis melhor do que os selvagens. Todavia, não tereis verdadeiramente o
direito de dizer-vos civilizados, senão quando de vossa sociedade houverdes banido os vícios que a desonram e quando viverdes,
como irmãos, praticando a caridade cristã. Até então sereis apenas povos esclarecidos, que hão percorrido a primeira fase da civilização".
    Espíritas, irmãos! Rememoremos a advertência do Cristo quando nos afirma que o reino de Deus não vem até nós com aparências
exteriores; para edificá-lo não nos esqueçamos de que a Doutrina Espírita é luz em nossas mãos. Reflitamos nisso.

(De “Segue-me!...”, de Francisco Cândido Xavier, pelo Espírito Emmanuel)

terça-feira, 23 de abril de 2013

FILHOS




    Educa os teus filhos e orienta-os, mas não te esqueças de que cada espírito tem seu próprio caminho.
    Não conseguirás substituí-los nas experiências que devam vivenciar.
    Cada qual deve aprender à custa do próprio esforço e interesse.
    Não  superprotejas os teus filhos, afastando-os do trabalho enobrecedor.
    O trabalho, para a criança, é o complemento natural da educação.
    Para os anseios evolutivos do espírito na reencarnação, as facilidades constituem um desastre.
    Sem disciplina, a criança cresce à mercê das circunstâncias.
    Conversa com os teus filhos e procura, desde cedo, iniciá-los na prática do bem.
    Sem um ponto de referência espiritual, o teu filho se perderá no abismo da descrença.

(De “Vigiai e orai”, de Carlos A. Baccelli, pelo Irmão José)

quinta-feira, 18 de abril de 2013

ENFERMIDADE DA ALMA




É muito comum classificarmos as pessoas através de seus defeitos morais. Não me refiro a delinquentes nem a criminosos puníveis pelas leis humanas. Refiro-me a falhas morais, como orgulho, egoísmo, invejas, calúnia, hipocrisia, ciúmes e outros tantos valores negativos, capazes de aniquilar uma criatura, assim classificada, às vezes um tanto injustamente, o que pode leva-la a sofrimentos  cruéis e até ao suicídio. Tudo isto porque rotulamos essas falhas morais como defeitos, e assim nos digladiamos, acusando-nos mutuamente.

Nenhuma falha moral deve servir de motivo, quando as percebermos nos outros, ou quando já somos capazes de reconhecê-las em nós, para nos referirmos a elas como se fossem uma pecha, mas sim como doença, como enfermidade da alma.
Assim tomando como norma aquela máxima do Cristo: “Eu não vim para  os sãos e sim para os doentes”, ao invés de nos odiarmos uns aos outros por causa das nossas deformações morais, arraigadas de vidas e vidas passadas, deveríamos procurar nos compreender e nos ajudar mutuamente. “Quem se julgar isento de pecado, atire a primeira pedra”, também disse Jesus.

Se nos conscientizarmos de que a Terra não é apenas uma escola, mas principalmente um hospital, onde todos nós estamos recolhidos, convivendo com nossas chagas, tratando de nossos males, do mesmo modo como nos compadecemos de qualquer enfermo, mostrando solicitude (quando somos solícitos), e procurando ajudar, do mesmo modo deveríamos ver-nos uns aos outros como pacientes do mesmo hospital, com enfermidades diferentes, precisando todos auxiliar-nos mutuamente.

     Somos todos carentes de amor, de compreensão. Por trás de um grande ódio, de uma explosão de maldade, há uma criança chamando por ‘mamãe’, tal a sua insegurança. Não há maior prova de covardia do que a dos supostos valentes que enfrentam, afrontam e fazem questão de serem considerados destemidos.

É o medo de se defrontarem consigo mesmos que os leva a agredir outros, por não terem coragem de se verem como são. Enfim, tudo isso que classificamos de defeitos, de fraqueza ou baixeza de caráter, são apenas enfermidades da alma. Se tentarmos alcançar essa realidade, não teremos mais motivos para lançarmos impropérios uns contra os outros; compreenderemos que, na realidade, todos nós desejamos acertar e nos libertar das enfermidades das nossas almas, e que só através da paciência, tolerância, compreensão, e envolvidos no sacrossanto bálsamo do amor, conseguiremos a cura total, e, livres das enfermidades da alma, desfrutaremos da verdadeira paz.
            Que assim seja.

(De “Conversa com a vida”, de Cenyra Pinto)

quarta-feira, 17 de abril de 2013

BUSCANDO A FELICIDADE




Emmanuel

A felicidade que pode realmente não existir na Terra, enquanto a Terra padecer a dolorosa influenciação de um só gemido de sofrimento, pode existir na alma humana, quando a criatura compreender que a felicidade verdadeira é sempre aquela que conseguimos criar para a felicidade do próximo.

O primeiro passo, porém, para a aquisição de semelhante riqueza é o nosso entendimento das leis que nos regem, para que o egoísmo e a ambição não nos assaltem a vida.

O negociante que armazena toneladas de arroz, com o propósito de lucro fácil, não poderá ingeri-lo, senão na quantidade de alguns gramas por refeição.

O dono da fábrica de tecidos, interessado em reter o agasalho devido a milhões, não vestirá senão um costume exclusivo para resguardar-se contra a intempérie.

E o proprietário de extensas vilas, que delibera locupletar-se com o suor dos próprios irmãos, não poderá habitar senão uma casa só e ocupar, dentro dela, um só aposento para o seu próprio repouso.

Tudo na existência está subordinado a princípios que não podemos desrespeitar sem dano para nós mesmos, e, por esse motivo, a felicidade pura e simples é aquela que sabe retirar da vida os seus dons preciosos sem qualquer insulto ao direito ou à necessidade dos semelhantes.

Assim, pois, tudo aquilo que amontoamos, no mundo, em torno de nós, a pretexto de desfrutar privilégios e favores com prejuízo dos outros, redunda sempre em perigosa ilusão a envenenar-nos o espírito.

Felicidade é como qualquer recurso que só adquire valor quando em circulação em benefício de todos.

Em razão disso, saibamos dar do que somos e a distribuir daquilo que retemos, em favor dos que nos partilham a marcha, porque somente a felicidade que se divide é aquela que realmente se multiplica para ser nossa alegria e nossa luz, aqui e além, hoje e sempre.

(livro: Inspiração. Francisco Cândido Xavier por Emmanuel)

terça-feira, 16 de abril de 2013

OS DOIS MAIORES AMORES




MÃE é um anjo tutelar,
Sempre a sorrir e a sofrer,
Ensinando-nos que amar
É a senda para vencer.

NARCISA AMÁLIA

***
Bendita seja a mulher
Que olvida os próprios anseios
Para ser, onde estiver,
A mãe dos filhos alheios.

AUTA DE SOUZA

***
Quem menospreze a mulher
Guarde esta nota de luz:
- O Céu procurou Maria
Para ser a Mãe de Jesus.

JOVINO GUEDES

(FONTE: "Os dois maiores amores". Por diversos Espíritos. Psicografado por Francisco Cândido Xavier)

segunda-feira, 15 de abril de 2013

TEU REFÚGIO




Se sofres tentação,
Não te afastes do bem.

Se a prova te atordoa,
Persevera no bem.

Se a ingratidão te fere,
Não descreias do bem.

Se padeces injúrias,
Silencia no bem.

Em qualquer circunstância
Seja o bem teu refúgio.

(De "Pão da Alma", de Carlos A. Baccelli, pelo Irmão José) 

sexta-feira, 12 de abril de 2013

PROGRESSO E AMOR




          Grande — é o avanço do progresso.
          Maior — será sempre o amor que o ilumina.
*****
          Grande — é a inteligência dos que fabricam os pássaros metálicos que povoam os céus do mundo.
          Maior — é a inteligência de quantos se utilizam deles para levantar a fraternidade entre os povos.
*****
          Grande — é a eficiência dos que engenham máquinas que eliminam as distâncias.
          Maior — é o espírito de responsabilidade e entendimento daqueles que as dirigem favorecendo o trabalho.
*****
          Grande — é o raciocínio de quantos se dedicam à radiotelevisão, sustentando a informação rápida na vida comunitária.
          Maior — é a bondade de quantos lhe manejam os recursos em auxílio da educação entre as criaturas.
*****
          Grande — é a força de quantos organizam as maravilhas da imprensa.
          Maior — é o poder de todos aqueles que escrevem para instruir e reconfortar os irmãos em humanidade.

*****
          Grande — é a segurança dos que formaram o trator destinado a revolver facilmente o solo.
          Maior — é o mérito de quantos semeiam com humildade e devotamento, formulando os prodígios do pão na mesa.
*****
          Grande — é a técnica.
          Maior — é a compreensão.
*****
          Grande — é a cultura que ensina.
          Maior — é a caridade que socorre.
*****
          Onde estiveres e seja com quem for,
Ama sempre.
*****
          O progresso faz estruturas.
          O amor acende a luz do caminho.
          Por isto mesmo aprendemos a trabalhar e servir sempre, a fim de conquistarmos a felicidade maior.
*****
          Em verdade perante Deus por mais amplo o surto de evolução, que nos caracterize a existência, não haverá progresso real sem a bênção do amor.

(De “Companheiro”, de Francisco Cândido Xavier, pelo Espírito Emmanuel)

quinta-feira, 11 de abril de 2013

VALIOSA LEMBRANÇA




Trabalha, criando o bem que puderes.

Serve a quantos encontres.

Sê bondade e socorro, apoio e eficiência.

Mas sempre que te sintas indispensável

lembra o coto de vela,

guardado em alguma parte,

que se te faz instrumento da luz,

quando a lâmpada,

à noite, estiver apagada.

(De “Aulas da Vida”, de Francisco Cândido Xavier por Emmanuel)

quarta-feira, 10 de abril de 2013

SEGUINDO



        Não te afastes do bem, ainda mesmo que a estrada se te mostre crivada de obstáculos.
        Não te detenhas.
        Ouvirás aqueles que se instalam na retaguarda a te repetirem, de longe, os sombrios vaticínios que os fizeram parar.
        Falam dos perigos imaginários da frente; relacionam conceitos das inteligências encharcadas de pessimismo; exaltam a filosofia da indiferença; ou destacam erros do passado, apedrejando inutilmente o futuro.
        Entrega ao tempo quantos se fixaram transitoriamente nas margens do caminho, receando calamidades e abismos, e prossegue adiante.
        Não importa encontres aqueles que se revelem capazes de te golpear a esperança.
        Recorda. O espinheiro não nos fere voluntariamente e sim porque ainda se faz conhecer por lâminas agressivas. A  pedra que faz tropeçar na Terra, não tem consciência disso; ela é apenas um calhau fora do lugar de servir.
        Espalha bondade e coragem, suportando com paciência as forças contrárias que, porventura se levantem, buscando barrar-te os passos.
        Caminha, amando e auxiliando e Deus te mostrará que ninguém se eleva, sem suor e sem lágrimas.
        Compreenderás que a lágrima na provação é o suor que purifica e que o suor no trabalho é a lágrima que aperfeiçoa.
        Ainda que experimente, de algum modo, o frio do entardecer, não te amedrontes perante as trevas.
        Acende a lâmpada de tua fé e prossegue servindo sempre.
        Os que caminham com Deus no coração transportam consigo os clarões da alvorada. E por mais espessas se façam as sobras nos cárceres da noite, ninguém consegue prender o esplendor do novo dia.

(De “SOMENTE AMOR”, de Francisco Cândido Xavier, pelo Espírito Meimei.)
 

segunda-feira, 8 de abril de 2013

SE VOCÊ AJUDAR




          Se você ajudar, tudo o que hoje parece ruína e fracasso surgirá amanhã renovado em dons de renascimento e vitória.
          A permanência na Terra é curso de melhoria.
          Entretanto, como atingir o divino objeto, se você cristaliza o potencial da simpatia e da boa vontade, na expectativa inoperante em torno do gesto do seu irmão? Como alcançar a alegria se nos confiamos à tristeza, animar a outrem, se nos rendemos às sugestões do desalento e levantar a fé no coração do próximo, se estimamos a posição horizontal da preguiça interior na incerteza?
          Se você ajudar, porém, o mau se fará melhor e o bom se revelará excelente; as mãos enrijecidas na avareza abrir-se-ão ao seu toque de bondade e o coração endurecido descerrar-se-á, de novo, à luz, diante de sua manifestação de assistência espontânea.
          A gentileza é a filha dileta da renúncia e guarda consigo o dom de tudo transformar, em favor do infinito bem.
          Não se mantenha sob o frio do desânimo ou sob a tempestade do desespero.
          Venha para o clima da cooperação e da solidariedade e use a chave milagrosa do sorriso de entendimento, que auxilia para a felicidade alheia.
          Ampare você mesmo, auxiliando aos outros.
          Você não deve exigir o socorro do mundo, quando a verdade é que o mundo nos tem dado quanto pode e hoje espera confiante o socorro nosso.
          Creia, pois, no poder do serviço e da bondade e convença-se de que tudo se converterá hoje em alegrias e bênçãos para o seu caminho se você ajudar.

(De “Nosso Livro”, de Francisco Cândido Xavier por André Luiz)

sexta-feira, 5 de abril de 2013

VIGILÂNCIA MENTAL




A vigilância é sempre a eterna âncora da alma, apoiada no fundo do mar tempestuoso da mente, a nos garantir a tranquilidade, disciplinando uma profusão de pensamentos diários, de maneira a serem úteis no seu campo de ação.

Sensibilizemos, pois, a consciência pela força da caridade, pelo ambiente da prece, na luz da fé, para que possamos sentir, antes de pensar, o teor das ideias. Quando os pensamentos estão em projetos, nas profundezas da vida, é mais fácil consertá-los, ou desvencilharmo-nos deles com a simples borracha da disciplina; ao passo que, depois de concretizados, dando forma aos sentimentos, tornar-se-á mais difícil a sua remoção, mesmo no campo reversivo, dada à coesão ocorrida por junção protogenética, com sintonia profunda de elementos sutis.

Quando acontece à alma viver em plano superior das emoções, por descuido, formar pensamentos negativos, conhecendo o processo de desintegrá-los, tais pensamentos, ao se formarem, são fotografados pela mente em milhões de ângulos, impregnando todo o cosmo orgânico e psíquico. O inconsciente demorará a acompanhar as vibrações escuras que viajam em todo o complexo humano, para desfazer-se das suas características malfazejas, bombardeando, aqui e ali, seus conglomerados de energias retardadas.

É bom notar o valor da vigilância, para que o corpo e a mente não sofram o castigo da imprudência. Devemos nos manter diligentes frente aos impulsos mentais inferiores, pois eles nos causam distúrbios de difícil reparo.

Resguardo não é medo. É bom senso a nos ajudar em ângulo diferente. Copiemos a natureza da árvore, quando sofre um golpe de afiada lâmina que aparece no seu ciclópico tronco; a emoção da planta se agita bem antes de ser ferida e os recursos aparecem por vias inumeráveis a desfazer o perigo iminente.

A mente humana adestrada perceberá os pensamentos inferiores bem antes da sua formação conata e deverá procurar os recursos que a inteligência lhe capacitou e a evolução lhe garantiu, para que o trabalho não se torne mais difícil. Em todos os casos, quem não se deu com a bênção da vigilância, procure fazer o melhor ao seu alcance. Trabalhe, lute na limpeza da mente, arranque o joio e queime pelos processos alcançados. Mas não fique parado.

Se já despertastes do sono, esforçai-vos para vos absterdes dos vícios e hábitos incômodos. É dignidade do espírito, não obstante, a sabedoria nos pede para que não deixemos seus lugares vazios. A supressão requer algo no lugar do suprimido. Se estais vos desvencilhando do ódio, colocai em sua área o amor. Se a vingança já está se desfazendo em vosso coração, não vos esqueçais de alimentar o perdão. Se a dúvida está desaparecendo dos vossos caminhos, tratai da fé com todos os seus recursos virtuosos.

Essa é a verdadeira vigilância do iniciado. O resguardo sem fanatismo ambiente a alma para grandes voos espirituais, sem acobertar erros, nem exagerar na rota da perfeição sem preparo.

Sabeis por que aconselhamos a escolha das sementes, que deveis plantar na lavoura mental? Achamos que estais conscientes do fato. No entanto, é bom que falemos mais. A repetição gera firmeza, principalmente no trato com a verdade. O plantio invigilante de ventos dá nascimento a tempestades, que arruínam o próprio dono.

Meus filhos, se começais hoje na educação da mente, tereis certeza da reversão da própria natureza inferior. Tereis que lutar com vós mesmos, muito, mas muito tempo, mas podeis carregar a convicção de que vencereis. Já dizia Jesus aos seus discípulos: "Aquele que perseverar até o fim será salvo".

Aquele que não esmorecer nesse empreendimento sagrado de educar a si mesmo, de limpar a mente, de criar nos campos férteis dos pensamentos áreas compatíveis com a luz, onde poderão nascer as mais belas diretrizes da alma, ajustando todas as emoções em uma dialética mental, conseguirá a transmutação dos desejos inferiores em sementes de luz, para que as plantas, flores e frutos sejam produtos do amor.

(De “Horizontes da Mente”, de João Nunes Maia, pelo Espírito Miramez)

quinta-feira, 4 de abril de 2013

BEM E MAL




O bem propõe.

O mal impõe.

*
O bem é luz.

O mal é treva.

*
O bem é saúde.

O mal é enfermidade.

*
O bem é esperança.

O mal é punição.

*
O bem produz.

O mal destrói.

*
O bem ama.

O mal odeia.
*

O bem facilita.

O mal dificulta.

*
O bem inspira.

O mal conspira.

*
O bem ampara.

O mal expulsa.

*
O bem vive.

O mal passa.

*
O bem é vida e a vida permanece.

O mal é morte e, assim sendo, passa, porquanto o mal resulta da ausência do bem,
que ainda não logrou domar o instinto e nem santificar a razão.

O mal, portanto, maior, é sempre para quem o faz, por torná-lo mau.

O bem, que é de Deus, também é sempre melhor para quem o faz, porquanto liberta e alça quem o pratica à vida sem fim, sem limite.


(De “Sementes da Vida Eterna”. Divaldo Pereira Franco por Marco Prisco)

NAS PALAVRAS

“Irmãos, não vos queixeis uns dos outros, para não serdes julgados...” (TIAGO, 5:9)   Mergulhar o divino dom da palavra no v...